SECÇÃO: Vila Real
Motorista sofreu apenas ferimentos ligeiros
Camião despistou-se e caiu em encosta do túnel do Marão
Na madrugada do passado domingo, um camião de grande carga despistou-se e caiu por uma encosta à saída do túnel do Marão, em Vila Real. O motorista, que sofreu apenas ferimentos ligeiros, ficou encarcerado na cabina. Ao que foi possível apura, o despiste terá ocorrido quando o pesado regressava ao túnel após ter ido fazer uma descarga de entulho. Por razões ainda por apurar, caiu por uma enorme ribanceira, parando a cerca de 60 metros da saída do túnel, num pilar do viaduto que ali vai ser construído para dar sequência à auto-estrada do Marão. Em declarações ao Jornal de Notícias (JN), o comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Verde, Álvaro Ribeiro, admitiu que possa ter havido “distracção do condutor” ou “cedência do solo”. De acordo com a mesma fonte, “o condutor esteve sempre consciente durante o socorro, mas foi difícil a sua remoção”. Antes de proceder ao resgate do motorista do interior da cabina, onde estava encarcerado quer pela chapa do veículo, quer pela terra e pedras que foi apanhando durante o despiste, os bombeiros tiveram de estabilizar a cabina com um cabo de aço preso a um veículo dos bombeiros. Depois de retirado, o condutor, de 53 anos, foi transportado pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação para a unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O socorro ao acidentado ficou marcado por uma confusão rela-cionada com a localização do despiste. O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Porto mobilizou os Bombeiros da Cruz Branca para um despiste de um camião na Estrada Nacional nº 15, na zona da Boavista. E, por isso, foi para esse local que se dirigiram 12 homens apoiados por três viaturas. Os bombeiros só perceberam que estavam enganados quando repararam nos sinais de alarme que já haviam sido ac-cionados pela empresa construtora do túnel do Marão. Perante um cenário diferente, os bombeiros tiveram de reajustar a intervenção e a adequar os meios de auxílio ao acidente que realmente tinha ocorrido. “Quando a informação não é correcta o socorro pode ser prejudicado”, admitiu, ao JN, Álvaro Ribeiro.
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