SECÇÃO: Chaves
Demora no socorro gerou descontentamento
Queda de telhado deixa trabalhador gravemente ferido
Na terça-feira de manhã, um homem de 50 anos ficou gravemente ferido, na sequência de uma queda de um telhado de um prédio com cerca de 10 metros de altura, no bairro da Translar, em Vilar de Nantes, Chaves. À hora de fecho desta edição, o trabalhador continuava internado, com prognóstico reservado, no Hospital de Santo António, no Porto, para onde foi evacuado de helicóptero.
O incidente ocorreu ainda antes das 10 da manhã. Luís Casas Rua fazia parte de uma equipa de trabalhadores de uma empresa da construção flaviense contratada pelos moradores daquele bloco para substituir o telhado. Por razões ainda por apurar, mas que poderão ter a ver com a forte geada que caíra durante a noite, o trabalhador ter-se-á desequilibrado e caído. O primeiro embate, ter-se-á dado numa zona de relva, o que terá amortecido a queda. Depois, o trabalhador resvalou e foi parar a um passeio de cimento.
Luís Casas Rua foi socorrido pelos Bombeiros de Vidago. A Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de Chaves estava inoperacional, por falta de médico, e as ambulâncias do INEM e das duas corporações da cidade estavam em serviço.Com suspeita de traumatismo craniano, o ferido não chegou a ser levado ao Hospital de Chaves. Foi transportado pelos bombeiros até ao aeródromo municipal e daí evacuado para o Porto pelo helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), sedeado em Macedo de Cavaleiros.
A falta de resposta de socorro em Chaves gerou algum descontentamento. “Quando fechou a maternidade, o Governo garantiu que a Viatura Médica de Emergência e Reanimação era para dar apoio à população 24 horas por dia, mas com a integração no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e com a debandada dos médicos são mais os dias em que estamos entregues à nossa sorte”, criticava uma testemunha, António Silva.
Ao que foi possível apurar, o trabalhador é residente na aldeia de Faiões e já trabalharia para a empresa de construção há cerca de 20 anos.
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