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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 26-11-2010

SECÇÃO: Valpaços

Agressor foi detido pela PJ no dia seguinte
Condutor baleou jovem por atravessar passadeira devagar

fotoIrritado pela lentidão com que três jovens atravessariam uma passadeira, em Valpaços, um homem saiu do carro e envolveu-se em luta com os rapazes. Depois foi ao carro, pegou numa pistola, feriu um e fugiu. O indivíduo, técnico de reparações domésticas, foi detido um dia depois pela Polícia Judiciária de Vila Real. Vai aguardar julgamento em liberdade, mas está sujeito a apresentações periódicas na GNR.
O incidente ocorreu na quinta-feira da semana passada, num cruzamento da cidade de Valpaços onde estão instalados vários cafés e bares. Seriam cerca de 18h15. Segundo a versão do jovem baleado, Mário Fernandes, de 20 anos, quando a confusão começou ele e outro colega já estavam do outro lado da rua. O outro rapaz terá ficado para trás e, quando o sinal abriu para os condutores, ainda estaria a atravessar a passadeira. A alegada lentidão do jovem terá irritado o condutor, um homem de 42 anos, que seguiria num carro de matrícula francesa. “Ele começou logo a mandar vir a fazer sinais com a mão para o meu amigo estar calado”, conta Mário, que se encontra a frequentar um curso de operadores de máquinas agrícolas. Mas a confusão não se ficou pela troca de palavras. Segundo Mário, logo a seguir, o condutor parou o carro e foi ter com o jovem. “Não tem mais nada, manda-lhe um encontrão. O meu amigo, deu-lhe um banano”, recorda o jovem, admitindo que também ele e o outro colega “se meteram ao barulho”. “Demos-lhe uns bananos”, especifica Mário, revelando que terminaram com a agressão quando uma alegada filha do condutor saiu do carro. “Quando a menina, que devia ter para aí uns nove anos saiu do carro, nós parámos logo”, garante.
No entanto, a história não terminaria por aqui. “Passados para aí uns cinco minutos de ter entrado no carro, voltou com uma pistola”, recorda Mário. Primeiro, o condutor terá feito um gesto a ameaçar disparar e depois atirou mesmo. “Quando vimos a pistola, eu e um colega fugimos em direcção ao Santuário da Senhora da Saúde, o outro fugiu para o lado de baixo”. No entanto, Mário acabou alvejado. Pelas costas. Pelos seus cálculos, quando foi atingido estaria a “oito/nove metros” do agressor. Depois do disparo, o condutor ter-se-á posto em fuga. Mário, atingido, superficialmente, na zona dorsal, foi levado ao hospital por um dos colegas. “Não caí. Só sentia uma coisa a queimar”, recorda. Do Hospital de Valpaços foi transferido para Chaves, mas acabou por ter alta na própria noite. “Tive sorte”, diz.
O homem, técnico de reparações domésticas, acabaria por ser detido no dia seguinte na própria residência, na aldeia de Sanfins. No âmbito das investigações que conduziram à detenção do alegado autor do disparo, a PJ de Vila Real acabou também por apreender a arma utilizada: uma pistola semi-automática de calibre 7,65 mm, em situação ilegal.
O juiz que o ouviu para primeiro interrogatório judicial aplicou-lhe, como medida de coação, apresentações periódicas na GNR e obrigou-o a prestar uma caução de 1.500 euros.
No dia seguinte ao incidente, o condutor também se deslocou ao hospital por causa das agressões que lhe terão sido infligidas pelos jovens.





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