SECÇÃO: Desporto
União da Madeira, 1 – Chaves, 0
Futebol - II Divisão A: Chaves perdeu e deu um mau espectáculo de futebol na Madeira
Foi num jogo atípico e de má qualidade que o Desportivo de Chaves voltou a perder. Desta vez a derrota aconteceu no reduto do União da Madeira, mas para quem tem aspirações de subida, não ter feito um único remate à baliza, em noventa minutos, é mau de mais.
Em termos históricos, em relação a jogos com o União da Madeira, os flavienses têm um saldo positivo. A única vez em que tinham perdido pontos já foi em 1992, quando os dois conjuntos andavam na I Divisão. Nessa altura, o resultado ficou em 2-0, mas daí para a frente os flavienses pontuaram em todos os confrontos, quer em casa como fora. Por isso, as esperanças para este jogo, até porque era uma grande oportunidade para se manterem no topo da tabela, eram grandes, mas a exibição foi lastimável.
Na primeira parte, as oportunidades de golo foram praticamente inexistentes. Este jogo começou numa toada demasiado morna e na primeira meia hora não teve um único lance de perigo junto das balizas, onde os guardiões mais pareciam espectadores.
Com o passar do tempo, apesar de estar a jogar fora de portas, foi o Desportivo de Chaves quem começou a dar um ar da sua graça, mas algo muito leve que não chegou a incomodar o guardião.
E se no final da primeira parte foi o Chaves quem acabou melhor, a conversa de balneário foi boa conselheira para os da casa. Um golo de Hugo Santos permitiu ao União bater o Desportivo de Chaves, num jogo entre candidatos à subida de divisão, nem sempre bem jogado, mas muito disputado, sobretudo, a meio campo.
Num jogo em quem nenhum dos conjuntos planeava perder, o União mostrou ser mais candidato, mas este jogo, no mínimo, merecia mais e melhor futebol.
Os lances de verdadeiro perigo ocorreram apenas na etapa complementar, e o primeiro lance foi aos 47 minutos. Tiago colocou a bola em Hugo Santos e o avançado unionista, com um toque subtil, fez a bola passar por cima de Daniel Casaleiro e entrar na baliza dos flavienses.
Até ao fim do jogo, o União não se limitou a defender e a apostar no ataque, criou alguns embaraços junto da baliza do Chaves, onde quem teve de brilhar, para além do guardião, acabaram por ser os centrais.
Estrela do Jogo: Ricardo Rocha
Foi o menos mal da defesa, mas remou contra a maré. Tentou dar apoio e lançou ele mesmo o ataque, mas o seu esforço foi inglório.
Sucessão de Mário Carneiro em Assembleia-Geral
Os problemas directivos e financeiros do Desportivo de Chaves já não são novidade para ninguém. O arranque da nova temporada chegou mesmo a estar em causa. Na altura, realizaram-se algumas Assembleias-gerais e os sócios do clube chegaram mesmo a pedir a destituição da direcção presidida por Mário Carneiro.
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