SECÇÃO: Chaves
Obras de recuperação de edifício da fronteira arrancam em breve
Sede da Eurocidade pronta em Dezembro
A Eurocidade Chaves/Verín não está parada. A garantia é dos autarcas das duas cidades, que, na passada segunda-feira, anunciaram que as obras da sede que acolherá este projecto transfronteiriço deverão arrancar dentro de 15 dias e apresentaram o portal na Internet que irá divulgar as actividades levadas a cabo em conjunto.
“Estamos a dar passos pequenos, mas firmes”. É assim que o alcaide de Verín, Juan Jiménes, resume o andamento da eurocidade Chaves/Verin, um projecto transfronteiriço que visa o desenvolvimento das duas localidades, através da partilha de serviços e recursos. O balanço foi feito na passada segunda-feira, numa conferência de imprensa, na Câmara de Chaves, oande o alcaide galego e o presidente da Câmara de Chaves, João Batista, apresentaram o portal criado na Internet para divulgar a eurocidade (www.euro cidadechavesverin.eu). Além disso, os autarcas aproveitaram para revelar que já foram apresentadas quatro candidaturas a fundos comunitários para levar a cabo alguns dos projectos que fazem parte do plano de acção da eurocidade. Em causa está, por exemplo, a criação de uma ciclovía entre as duas localidades, ao longo das margens do rio Tâmega. Outro projecto comum diz respeito à criação de um centro de formação turístico-termal e de investigação da água. “Queremos ser um destino termal de excelência”, frisou o presidente da Câmara de Chaves.
Outra novidade revelada no encontro prende-se com a sede do projecto. De acordo com o alcaide de Verín, as obras de recuperação do antigo edifício da alfândega (em Feces) deverão arrancar dentro de 15 dias. A obra, também comparticipada por fundos europeus, está orçada em cerca de 400 mil euros e deverá ficar pronta em Dezembro. Além dos serviços administrativos da eurocidade, irá albergar serviços relacionados com a juventude. “É um edifício bonito e deve ser a sede mais bem situada, com dois nós de entrada em autro-estrada a menos de dois quilómetros”, observou o alcaide de Verín. “Para melhor, só se auto--estrada passasse por cima e tivesse um elevador”, brincou o autarca flaviense.
Quanto à partilha de serviços na área da saúde, nomeadamente a possibilidade de os flavienses poderem aceder ao Hospital de Verín, Batista garantiu que estão a trabalhar nesse sentido. No entanto, por solucionar estão ainda as barreiras jurídicas que desde o início se têm colocado ao projecto e que derivam das diferentes legislações da cada país. “Tem que ser mais fácil e temos que os ir ultrapassando os obstáculos, mas, por vezes, são questões que nos ultrapassam (autarcas)”, lembrou Juan Jiménes, lembrando que só dessa forma, ultrapassando essas barreiras, “os cidadãos tomarão consciência do que é a cidadania europeia”.
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