SECÇÃO: Chaves
Assaltantes apanhados em flagrante
GNR prende, tribunal solta
Moldes metálicos para o fabrico de tijolos de cimento, máquinas, ferramentas, caixilhos de janelas e todo o tipo de objectos metálicos estavam a ser furtados de uma empresa de blocos para a construção civil, na zona de Curalha. Os assaltantes foram surpreendidos pela GNR e levados a Tribunal. Dali, por decisão judicial, foram mandados embora, apenas submetidos a leves medidas de coacção.
O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial da GNR de Chaves, no âmbito de uma operação que já decorria há algum tempo, deteve em flagrante dois indivíduos que carregavam material furtado numa viatura, dentro das instalações da Flavival, perto de Curalha, Chaves.
Na mesma operação policial, que ocorreu na madrugada de terça para quarta-feira, foi apreendida a viatura dos intrusos, que estava carregada com 34 máquinas, várias ferramentas e equipamentos usados no fabrico de blocos de cimento.
Um dos detidos tem 23 anos e é de Chaves, o outro, de 32 anos, é de Verín, na Galiza.
Às primeiras horas de quarta-feira, o núcleo de investigação da GNR identificou ainda outro indivíduo, de 33 anos de idade, natural de Valpaços, proprietário de um armazém de sucata, indiciado pela prática do crime de receptação. Foram-lhe apreendidos três ca-miões carregados com inúmeras ferramentas e máquinas, provenientes de furtos anteriores à mesma empresa de Curalha, avaliadas em mais de 100 mil euros.
Numa outra busca realizada pelo NIC da GNR a um outro ar-mazém do mesmo indivíduo foram ainda apreendidos mais moldes, supostamente furtados pelos mesmos indivíduos numa outra empresa sedeada em Chaves.
Os moldes para o fabrico de blocos em cimentos são de valor elevado e muito “procurados” pelos “amigos do alheio”.
Os detidos foram constituídos arguidos e presentes ao Tribunal Judicial da Comarca de Chaves.
Contudo, apesar de terem sido detidos em flagrante delito, a juiza que apreciou o caso aplicou aos arguidos apanhados a roubar, como medida de coacção, apenas o termo de identidade e residência e a obrigatoriedade de apresentações periódicas, um no posto da GNR de Chaves e o outro na Guarda Civil de Verín. O presumível receptador do material furtado foi apenas constituído arguido.
As medidas decretadas pelo Tribunal de Chaves foram consideradas “demasiado suaves” por alguns membros da investigação policial e apelidadas de “ridículas” por fontes próximas das vítimas dos assaltos.
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