SECÇÃO: Desporto
Gil Vicente, 0 – Chaves, 3
Liga Vitalis: Flavienses cantaram de galo em Barcelos
No Estádio Cidade de Barcelos, frente ao Gil Vicente, os flavienses foram eficazes e somaram mais três pontos, enquanto que os de Barcelos, que já não vencem em casa há três meses, continuam a evidenciar falta de eficácia.
Os barcelenses adaptaram-se melhor às condições do terreno, mas os transmontanos responderam com uma defesa coesa e eficaz, que, desde bem cedo, começou a causar problemas aos donos da casa.
Com a passagem de Nuno Pinto para treinador principal, o 11 escolhido pelo técnico não tem sofrido grandes alterações e, com isso, os flavienses deram início a uma franca recuperação.
Na primeira parte, o Barcelos ainda tentou cantar mais alto, mas esbarrou sempre no bem organizado futebol dos forasteiros, que tem vindo a recuperar na tabela classificativa.
De início, o Chaves só pela certa arriscava no ataque, mas, com o passar do tempo, e com o constante esbarrar dos da casa nas boas defesas de Rego, ganhou confiança e começou a surgir muitas mais vezes junto da baliza de Márcio Ramos.
Na segunda parte, a equipa de Barcelos apareceu mais determinada e, aos 51', poderia ter chegado à vantagem, se Rui Pedro não tivesse desperdiçado uma grande penalidade a castigar um duvidoso derrube na área a Alexandre Camargo.
Os avançados do Gil Vicente continuavam a evidenciar ineficácia na concretização e o Chaves, que aguentou o ímpeto do adversário, acabou por se adiantar no marcador aos 61'. Carlos Pinto, na esquerda, tentou fazer um cruzamento e a bola, tabelando num jogador gilista, entrou na baliza, traíndo Márcio Ramos.
Os donos da casa reagiram, mas, a vencer, quem mandava no jogo era o Chaves, que acabou mesmo por dilatar a vantagem. Aos 74', Bura, que acabou por ver o cartão vermelho directo, derrubou Diop dentro da área e originou a grande penalidade que Castanheira transformou no segundo golo.
Com menos uma unidade, o Gil Vicente tentou uma reacção, mas já era tarde, e o Chaves, moralizado, soube controlar o jogo a seu bel prazer e acabou por conseguir o terceiro golo em tempo de compensação, obtido pelo recém-entrado Cássio.
Com este triunfo, os flavienses fugiram aos lugares da despromoção e ganham um novo folgo para o campeonato.
Edgar Pedreiro
Notação
Diop – 4
Está claramente a subir de forma. Não marcou golos, mas foi decisivo ao estar na origem dos dois primeiros tentos da sua equipa. O seu futebol causa embaraço aos defesas contrários.
Rui Rego – 3
Esteve igual a si próprio não teve muito trabalho, mas mostrou eficácia sempre que foi posto à prova.
Ricardo Rocha – 4
Irrepreensível. Esteve ao nível do seu parceiro do centro da defesa e foi um verdadeiro patrão.
Danilo – 4
Está de regresso o velho lateral. Numa exibição nivelada por cima, terá cometido uma pretensa grande penalidade, mas teve participação activa no terceiro golo.
Lameirão – 4
Meteu Alexandre “num bolso” e rubricou uma exibição de grande nível. Com Ricardo Rocha formou uma dupla demolidora.
Clemente – 4
À sua exibição faltou o golo que foi negado ao minuto 53, com uma excelente defesa do guardião do Gil Vicente.
Castanheira – 4
Marcou de forma irrepreensível a grande penalidade que deu a tranquilidade necessária à sua equipa.
Eduardo – 4
Um lateral às direitas. Seguro a defender e atrevido no ataque, nem parece o mesmo do início da época.
Bamba - 4
Fez uma das melhores exibições da temporada. Excelente a destruir e muito produtivo na construção.
Carlos Pinto - 4
Jogou e fez jogar. Esteve apenas um hora em campo, mas sempre a excelente nível. Saiu apenas por razões estratégicas
João Fernandes – 3
Entrou e integrou-se bem, sendo um autêntico tampão para as investidas dos atacantes gilistas.
Bruno Magalhães - 4
No regresso à sua terra natal, a formiguinha agigantou-se e rubricou uma exibição de grande nível.
Cássio - 3
Entrou e marcou. Depois foi só esperar pela bola ao centro e pelo apito final.
Capuco - 3
A passagem pelo banco parece ter-lhe feito bem. Entrou bem no jogo e desmarcou Cássio no último golo.
Nuno Pinto (+)
A equipa já tem uma identidade e isso é visível nos processos de jogo. Ganhou de forma incontestável e já lá vão três vitórias consecutivas e um respirar de ar fresco para as bandas do Municipal de Chaves.
Paulo Silva Reis
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