SECÇÃO: Macedo de Cavaleiros
O projecto vai dispor de 50 camas e criar 30 postos de trabalho
Instituto Piaget vai construir Unidade de Cuidados Continuados
O Instituto Jean Piaget vai construir no Campus Académico de Macedo de Cavaleiros uma Unidade de Cuidados Continuados. O projecto, que já viu a sua candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) formalmente aceite, vai dispor de 50 camas e criar 30 novos postos de trabalho, entre pessoal médico, de enfermagem e outros técnicos de saúde, administrativo e auxiliar. As obras poderão arrancar já em Abril do próximo ano.
A Unidade de Saúde que o Instituto Jean Piaget pretende construir no Campus Académico de Macedo de Cavaleiros vai ser constituída por dois pisos distintos. É nestas novas instalações que a instituição pretende assegurar a prestação de cuidados continuados em regime de internamento nas tipologias de média e longa duração, com a possibilidade de conversão, para doentes com demência. O módulo de internamento de cuidados integrados vai dispor de 35 camas para utentes de longa duração e 15 para pacientes de média duração. No entanto, o projecto prevê estender também o mesmo tipo de serviços ao regime domiciliário.
Segundo a presidente do Piaget de Macedo, Maria Helena Chéu, “o terreno disponível no Campus, irá permitir o necessário isolamento em relação à envolvência académica” existente. Este pormenor divisório deverá ser salvaguardado com a criação de acessos autónomos. Para esta responsável, o Instituto Piaget pretende precisamente tirar partido do “espaço disponível, em situação privilegiada, para edificar uma unidade de referência na região, integrada no contexto dos cuidados continuados de saúde”.
Na sua perspectiva, além da situação da disponibilidade de espaço, há “outros factores de diferenciação” que deverão projectar a unidade de saúde em causa para “um potencial caso de estudo”. Um deles sobressai, em seu entender, das “inerentes vantagens de se tratar de um edifício projectado de raiz, onde mais facilmente se organizarão todos os espaços necessários e onde se poderão dotar esses mesmos espaços de uma dimensão adequada à legislação em vigor”. A este facto acresce, em seu entender, “ a intenção de valorizar todos os espaços sociais de apoio, proporcionando uma grande diversidade de ambientes, que se pretendem agradáveis, para além de terapêuticos”.
Mas, para Maria Helena Chéu, “não menos importante será o facto de se considerar a hipótese de dotar a unidade, apenas com quartos individuais”. Por outro lado, pelo facto de se localizar no Campus, serão aproveitados alguns recursos existentes, tais como a confecção de refeições na cozinha ali existente. Em suma, além de procurar “ promover a envolvência do doente e contribuir para o desenvolvimento da comunidade em que está inserido, o projecto será marcado por um forte cunho de inovação, não só para a região, dada a inexistência de solução similar, mas essencialmente pelas metodologias que pretende ver implementadas”. Vão ser privilegiados aspectos como a “interacção entre a prática dos cuidados aplicados e a formação dos agentes, alargada aos profissionais de saúde de oferta pública (formação contínua e especializada ao abrigo de protocolos estabelecidos com os Agrupamentos de Centros de Saúde de Bragança e Vila Real), desenvolvendo ainda actividade regular de investigação em cuidados continuados”.
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