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Edição de 13-05-2011

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SECÇÃO: Opinião dos Leitores

Aniversário do último acidente no Tua

fotoRealizou-se no dia 22 de Agosto uma caminhada ao local do último acidente na linha do Tua de que resultou uma vítima mortal. A iniciativa foi da COAGRET (Coordenadora de Afectados pelas Grandes Barragens e Transvases), e juntou algumas dezenas de pessoas.“Os participantes partiram da estação dos caminhos-de-ferro em Mirandela, ou no Metropolitano, ou em viatura própria, até ao Cachão. Seguiram depois de autocarro até à estação de Abreiro/Vieiro onde tomaram a palavra as várias entidades representadas. Para além da COAGRET, fizeram-se também representar nesta iniciativa, o Movimento Cívico da Linha do Tua, a Quercus, o Bloco de Esquerda, Os Verdes e a Câmara Municipal de Mirandela. Estiveram também presentes alguns dos passageiros que seguiam na composição em 22 de Agosto de 2008, acidentada pouco depois da passagem pelo apeadeiro da Brunheda, causando um morto e vários feridos.“A iniciativa teve como objectivos principais homenagear as vítimas mortais dos acidentes na Linha do Tua, insistir no apuramento de responsabilidades e defender o melhoramento da linha, inclusive o seu prolongamento até Puebla de Sanábria, com ligação às linhas de alta velocidade da rede do país vizinho.“Após uma conferência de imprensa na estação de Abreiro/Vieiro, em que as várias organizações representadas usaram da palavra e foram entrevistados por órgãos de comunicação social, entre os quais, dois canais de televisão, teve início uma caminhada que levou os participantes ao local do acidente de Agosto de 2008.“O calor era intenso. Os presentes, representantes das organizações e apoiantes da manutenção da Linha, chegaram ao apeadeiro de Brunheda perto das treze horas e trinta minutos. Após um almoço ligeiro, dirigiram-se ao local do acidente, onde passageiros que seguiam na composição que fez a última viagem no dia 22 de Agosto de 2008 depuseram uma coroa de flores em memória de Olema Barros, que faleceu no acidente. Um outro passageiro ficou no apeadeiro da Brunheda, ainda incapaz de enfrentar a dor e os fantasmas que se instalaram na sua vida. Estas pessoas que seguiam na composição no dia 22 de Agosto de 2008 não desejam a morte da linha, desejam sim o apuramento de responsabilidades e as obras necessárias para a manutenção da linha como atracção turística e factor de desenvolvimento local.
Aníbal Gonçalves





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