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Arquivo: Edição de 17-07-2009

SECÇÃO: Chaves

Apresentados candidatos às próximas autárquicas
Unidade Local de Saúde vai ser a bandeira do PSD

fotoO presidente da Câmara de Chaves, João Batista, vai concorrer a um terceiro mandato. Domingo, na apresentação da candidatura, assumiu que ampliar a vitória em relação à oposição é o objectivo. E também deixou algumas promessas: a consolidação do ensino superior em Chaves e a criação de uma Unidade Local de Saúde. “Vamos fazer disso [da Unidade Local de Saúde] uma bandeira”, prometeu.
O PSD apresentou no passado domingo, no Hotel Aquae Flaviae, os cabeças de lista às 51 juntas de freguesia do concelho, a lista à Câmara e ainda o cabeça de lista à Assembleia Municipal (ver caixa). A cerimónia contou com a presença do vice-presidente da Comissão Política Nacional do partido, Aguiar Branco, que elogiou a equipa flaviense e criticou o Governo. Antes, Domingos Dias, em nome da Comissão Política Distrital, também discursou. Foi duro nas críticas ao Governo, que acusou de ser “desumano” ao encerrar serviços de saúde no interior. “Era engraçado ver o índice de mortalidade na região desde que encerraram à noite alguns centros de saúde e a maternidade de Chaves”, disse Domingos Dias, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar. A plateia interrompeu-o com aplausos. Quando, finalmente, João Batista subiu ao palco as primeiras filas da plateia ergueram-se. O candidato começou por falar da obra feita e de alguns financiamentos já conseguidos, “uma dúzia delas”, mas que na sua opinião é uma “amostra” de como o seu executivo “afirmou Chaves no contexto regional”. No rol, de intervenções, destacou a reorganização da rede de ensino primário, do centro escolar em construção, da Biblioteca Municipal, do Centro Cultural, dos 15 polivalentes construídos nas aldeias, das 37 redes de saneamento realizadas, do mercado do gado, da Fundação Nadir Afonso e do Centro de Ciência Viva, que irão ser construídos...A seguir, João Batista assumiu que “não está tudo feito”. “Há lacunas que não dependem de nós”, disse, referindo-se à “consolidação do Ensino Superior”. “Nós construímos instalações [Escola Superior de Enfermagem], tem faltado vontade política do Governo”, criticou Batista, referindo-se ao facto de ainda estar por cumprir a promessa de transformar esta unidade numa Escola Superior de Saúde e de, desta forma, ali serem leccionadas novas licenciaturas. Mas, a grande “bandeira” do PSD, garantiu o candidato, será a criação de uma Unidade Local de Saúde, através da agregação do Hospital de Chaves aos vários centros de saúde do alto Tâmega, uma proposta já rejeitada pelo Governo antes da integração do hospital flaviense no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. A promessa arrancou uma ruidosa salva de palmas.
Quanto à campanha, Batista prometeu que iria ser “sóbria”. “Vamos privilegiar o contacto com as pessoas em vez do aparato que se vê nos nossos adversários”, garantiu o autarca, que assumiu que o “objectivo” em 2009 é “ampliar a diferença” em relação à oposição.

“PS só alterna o passo em falso com o passo trocado”
João Batista guardou para o discurso sobre o PS um registo humorístico, aproveitando os dois últimos lemas dos socialistas. “Depois da era Altamiro, autodenominaram-se a alternativa em marcha”. Depois abandonaram, percebe-se porquê. Porque nem eram, nem são. A única coisa que alternam é o passo em falso e o passo trocado”, disse Batista, para continuar: “Agora, chegaram a uma brilhante conclusão: Chaves merece melhor. Nós concordamos, por isso é que cá estamos”. A plateia riu e aplaudiu. Além disso, o candidato acusou o PS de só saber “dizer mal”, apesar de no dia da apresentação, o candidato socialista “dizer que não ia dizer mal”. “A hipocrisia tem limites”, concluiu.

Cabeleira concorre à Câmara e ao Parlamento
O PSD não mexeu nos quatro primeiros lugares na lista à Câmara. Mantêm-se, assim, João Batista, António Cabeleira, Maria de Lurdes Campos e Castanheira Penas.
Se vier a ser eleito à Assembleia da República, António Cabeleira, o número dois da lista proposta pela distrital do PSD (ver texto da página 5), manter-se-á na autarquia, mas como vereador não executivo, participando apenas nas reuniões de Câmara, como acontece com os vereadores da oposição. Os seus pelouros, nomeadamente o mais importante, o das obras municipais, passará para a responsabilidade de João Batista. “Já aconteceu no tempo do vereador França. Sinto-me moralmente e fisicamente com capacidade para isso”, garantiu Batista, lembrando que, “estando em Lisboa, António Cabeleira está no centro das decisões, mais perto da informação, podendo também desta forma servir o concelho”.
Os restantes elementos da lista são praticamente caras novas. Em quinto lugar surge o nome de Paulo Alves, que poderá ser chamado ao executivo, se o PSD conseguir eleger um quinto vereador, como gostaria. Economista de formação, Paulo Alves, de 47 anos, é quadro das Finanças. Alinha como independente. Como independente vai também a economista Ana Coelho, de 31 anos, e secretária geral da Acisat. Em número sete aparece o finalista de engenharia civil Hugo Manuel Silva, de 27 anos. É militante da JSD. O professor da Escola Júlio Martins Jorge Humberto Martins Pires alinha em oitavo, também como independente. Seguem-se a enfermeira Alda da Mota (repetente), os médicos Albino Leitão (repetente), Jorge França Santos, a advogada Joana Batista, o médico Almeida e Silva e o professor Joaquim Costa. Os candidatos às Juntas de Freguesia, são praticamente os mesmos que concorreram há quatro anos. À excepção de três freguesias, Outeiro Seco, Oucidres e Vilar de Nantes.





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