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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 03-04-2009

SECÇÃO: Macedo de Cavaleiros

Com os votos contra dos vereadores socialistas
Câmara aprovou a demolição das fontes luminosas frontais ao edifício dos Paços do Concelho

fotoApesar dos protestos e dos votos contra dos vereadores socialistas, que acusaram a actual gestão da autarquia de “má fé e negligência por falta de manutenção do equipamento”, a Câmara Municipal aprovou, na segunda-feira passada, a demolição das fontes ornamentais localizadas em frente do edifício dos Paços do Concelho. A medida foi justificada pelo executivo com os gastos excessivos devido às perdas de água. No seu lugar vai ser construído um novo tanque, mantendo a cascata com três jactos. No total, vão ser gastos 75 mil euros.
A retirada dos tanques que suportam as duas fontes luminosas que ornamentam a frontaria do edifício dos Paços do Concelho já tinha sido anunciada há muito tempo, mas a decisão formal só foi assumida na reunião quinzenal da Câmara Municipal da segunda-feira passada, com a aprovação da demolição do equipamento ornamental. O vereador socialista Camilo Morais protestou, acusando o executivo da autarquia de querer justificar a medida com os gastos excessivos de água, devido a perdas, quando, afinal, do que se trata, na sua perspectiva, é de uma questão de “má fé” por parte da actual gestão, por não querer que a memória do anterior executivo fique associada àquela obra. Segundo o vereador, “mal andaria o país se todas as autarquias resolvessem imitar a Câmara de Macedo, destruindo a obra dos executivos que as precederam”. “O exemplo também não se deve repetir, no futuro, porque o executivo que vier a seguir nada tem a destruir porque a actual gestão do PSD não deixa obra ”, ironizou Camilo Morais. O outro vereador da oposição, Rui Vaz, também se manifestou muito crítico relativamente à atitude da Câmara, considerando a demolição do equipamento como “um desperdício”. “Se o actual executivo achava que havia perdas de água, então que tratasse de introduzir a água do canal de rega no sistema da fonte luminosa, como diz já ter feito no de alguns jardins da cidade. Agora, destruir uma obra recente assim desta forma, não”, conclui Vaz.
Para o vice-presidente da Câmara, Duarte Moreno, que devido à ausência de Beraldino Pinto, presidiu à reunião, a situação de hoje não se assemelha à da altura da instalação da fonte luminosa. Na altura, a gestão da água do município era feita pela Câmara Municipal, enquanto, neste momento, a gestão pertence à empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro. Isso implica que os custos da água sejam agora bastante mais elevados, circunstância esta que não se compadece com as perdas que registava o sistema de impulsão instalado nos tanques que constituem a fonte luminosa que vai ser demolida.
A demolição das fontes ornamentais, localizadas à frente do edifício dos Paços do Concelho, é uma obra de “reparação” (integrada no projecto de Requalificação do Jardim 1º de Maio) que está definida nas Opções do Plano e Orçamento deste ano com a dotação de 75 mil euros. A sua execução implica a demolição dos dois tanques e a manutenção da cascata, que será alimentada por três jactos localizados num tanque superior, a construir. Para além deste, será construído um outro simétrico ao mesmo, com as mesmas dimensões, aproveitando o material resultante da demolição dos originais, devidamente acondicionado. Além da “repavimentação com pedras de granito de todo o espaço onde se localizava a fonte que é demolida com material de tonalidade semelhante”, a obra ainda envolve a “verificação e ensaio de toda a tubagem de impulsão existente, impermeabilização da sala de máquina próximo da cascata, que será utilizada para instalação do sistema de bombagem, do quadro eléctrico de comando e protecção e instalação do controle anemométrico e aterro dos tanques de compensação”.





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