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SECÇÃO: Montalegre
População de Mourilhe viveu momentos de pânico
Jovem internado à força depois de agredir vizinhos e incendiar casa
Na passada terça-feira, um jovem de 27 anos lançou o pânico na aldeia de Mourilhe. Agrediu várias mulheres, partiu vidros de carros e casas, sendo ainda suspeito de atear fogo a uma habitação. A família que morava na casa ficou apenas com a roupa do corpo. Depois de detido pela GNR, o jovem foi internado à força. Terá problemas relacionados com toxicodependência.
No final da tarde da passada terça-feira, a população de Mourilhe viveu momentos de verdadeiro pânico. Um jovem que terá problemas relacionados com toxicodependência agrediu várias mulheres e provocou vários distúrbios. No entanto, só anteontem se terá revelado violento. Antes dos incidentes que provocou tinha sido levado pelo pai ao Centro de Saúde de Montalegre. O médico terá ordenado a sua transferência para Vila Real. No entanto, o jovem terá recusado entrar na ambulância. A GNR foi chamada ao local, mas nada fez. “Não tínhamos base legal para obrigar o jovem a aceitar o tratamento”, justificou, ao Semanário TRANSMONTANO, fonte da GNR. De regresso à aldeia, o jovem, que nunca se terá revelado violento, começou a agredir quem lhe aparecia pela frente. “A uma prima do pai só não a esganou porque lhe acudiu um empreiteiro”, contou um vizinho. Outra mulher terá sido obrigada a defender-se com uma faca.
“Ficou tudo traumatizado”, revelou a moradora Ana Maria, a quem o jovem partiu o vidro da porta de casa e fugiu com as chaves. No entanto, a maior vítima da fúria do jovem foi Maria Alves, de 73 anos. A casa onde morava, com dois filhos, ficou completamente destruída, depois de o alegado toxicodependente lhe ter ateado fogo. “Ficamos com a roupa do corpo!”, lamentava, a chorar, a septuagenária, a quem a chamas devoraram também os 875 euros que guardava para pagar uma placa dentária. “Tinha vendido uma vaca e tinha guardado o dinheiro no meio da roupa. Foi tudo!”, lamentava Maria, agora instalada noutra pequena casa, apenas com duas divisões, que tem na aldeia. O filho ficou sem 750 euros. Além disso, as chamas alastraram ainda a outra casa e a um palheiro contíguo. O fogo foi combatido pelos bombeiros de Montalegre durante três horas.
Chamada ao local, a GNR acabou por deter o jovem, levando-o para o Centro de Saúde de Montalegre onde lhe foi dada medicação tranquilizante. Depois, foi transferido para o hospital psiquiátrico Magalhães Lemos, no Porto.
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