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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 20-02-2009

SECÇÃO: Macedo de Cavaleiros

Partido Socialista fala em discriminação
ADIMAC não faz parte das colectividades apoiadas pela autarquia

fotoO vereador do Partido Socialista Rui Vaz acusou a Câmara Municipal de ter afastado a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Macedo de Cavaleiros (ADIMAC) da lista das colectividades que assinaram, há duas semanas, protocolos e contratos programa de colaboração, no valor de 400 mil euros, com a autarquia. E diz que a “discriminação” tem contornos políticos. O presidente da Câmara, Beraldino Pinto, nega, afirmando que a autarquia não só mantém os apoios prestados em anos anteriores, como está disponível para estudar propostas, mediante “a apresentação de um relatório das actividades que a associação pretende empreender durante o ano”.
O vereador socialista Rui Vaz considera que o apoio da Câmara às associações que promovem actividades nas áreas da cultura, do lazer e do desporto, definido sob a forma de protocolos e contratos programa, “pecou por defeito”. Isto porque a Câmara Municipal se esqueceu de incluir a ADIMAC na lista das colectividades a apoiar. O socialista não compreende a decisão pela função social da Associação. Rui Vaz recorda que a associação, que “nasceu em 1999, é responsável pela criação de duas empresas de inserção. Uma delas, “Da Tradição se fez Doce”, além de ter criado três postos de trabalho permanentes e, actualmente integrar 5 mulheres em processo de inserção, com a perspectiva da sua integração permanente, foi, há alguns anos, alvo de algum protagonismo mediático, através da atribuição do prémio “Century International Quality Era Award”, pela organização internacional Business Initiative Directions. A outra, “Vassouras e Trapos”, recorda o autarca socialista, foi criada em 2002, no âmbito do programa de Luta contra a Pobreza, possui 12 trabalhadoras e dedica-se à limpeza de habitações, lojas e condomínios e à engomadoria.
Por outro lado, Rui Vaz lamenta a falta de apoio da autarquia numa altura em que a ADIMAC passa por um “período francamente difícil”. De acordo com o vereador, a situação deriva do facto da mesma não receber apoio de qualquer entidade, nem mesmo da autarquia. “Vive com os cêntimos contados para pagar os salários e demais obrigações, nomeadamente o IVA de três em três meses, para além de haver proprietários de casas, a quem são prestados serviços de limpeza, que fazem questão de pagar mal e a más horas”, explica Vaz. O vereador lembra ainda que as empresas de inserção só funcionam se tiverem projectos institucionais de suporte por trás a apoiá-las e que a ADIMAC deixou de ser a entidade gestora do Projecto de Luta contra a Pobreza porque a Câmara Municipal o entregou à Santa Casa da Misericórdia local. Além disso, a autarquia ainda lhe retirou, segundo Vaz, a cozinha das Piscinas Municipais, onde a “Da Tradição se fez Doce” confeccionava as compotas. E, como se tudo isto não bastasse, desabafa o vereador, a autarquia “faz questão de não comprar à ADIMAC um único euro de produtos confeccionados” na empresa de inserção, “quando podia ser uma boa cliente, principalmente no que diz respeito à oferta de produtos às individualidades que visitam o Município ao longo do ano”. Para concluir, lamenta “que este executivo camarário adopte este procedimento diferenciado” com a Associação relativamente às outras colectividades do concelho, no que aos protocolos de colaboração diz respeito, “somente pelo facto de a conotar com o Partido Socialista”.
O presidente da Câmara, Beraldino Pinto, contesta as acusações, afirmando que continua a apoiar a empresa de inserção “Da Tradição se fez Doce”, através do pagamento da renda das suas actuais instalações. Realça ainda que foi a autarquia que suportou as despesas com a viagem do presidente da Associação à Suíça para receber o galardão atribuído pela Business Iniciative Directions. E, relativamente ao facto de não ter sido incluída nos protocolos que foram assinados com as outras colectividades do concelho, Beraldino Pinto adiantou que a ADIMAC não apresentou à autarquia qualquer relatório de intenções sobre as actividades que pretende levar a cabo durante o ano, mas que está disponível para vir a apoiar objectivos que a mesma venha agora a definir, naquele contexto.





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