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Edição de 13-05-2011

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SECÇÃO: Valpaços

PJ apreendeu-lhe mais de uma centena de achados e dois detectores de metais
Ex-emigrante suspeito de fazer escavações arqueológicas ilegais

fotoA PJ constituiu arguido um homem de Lebução que andaria a fazer escavações arqueológicas ilegais em Chaves e Valpaços. O suspeito, de 58 anos, teria em sua posse mais de uma centena de achados. Também lhe foram apreendidos dois detectores de metais.
A investigação foi levada a cabo pela directoria do Norte da PJ e poderá estar relacionada com uma participação da Câmara de Chaves e do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) ao Ministério Público. A queixa dos dois organismos terá tido por base uma entrevista a um jornal do agora suspeito. Na notícia, publicada há cerca de um ano, Mário T., ex-emigrante nos Estados Unidos, e agora residente em Lebução (Valpaços), anunciava a descoberta, após cerca de um mês e meio de escavações, de vestígios do que acreditava ser uma povoação romana. A avaliar pelas declarações prestadas ao jornalista, Mário T. não teria noção de estar a praticar qualquer crime.
Ao que foi possível apurar, algumas das escavações ilegais terão sido levadas a cabo no Cabeço de Polide, em Cimo de Vila da Castanheira, no concelho de Chaves. Trata-se das ruínas de um castro que, embora não esteja classificado, está inventariado pelo Igespar. Ao estar a proceder a escavações sem habilitações para o efeito, para o Igespar, independentemente da questão legal, o ex-emigrante estava a “pôr em causa a importância do local em termos científicos e arqueológicos. “A leitura da história é feita a partir de camadas de terra, ao revolver o solo sem conhecer as metodologias, estava a destruir registos”, explicou fonte do Igespar.
Na aldeia, onde Mário T., de 58 anos, terá sido visto várias vezes com um detector de metais, nunca ninguém questionou a legalidade das escavações. “Via-se andar lá com o aparelho, mas ninguém sabia para que fim era”, disse um morador. Num comunicado emitido terça-feira, a PJ não esclarece se o arguido faria ou não negócio com os objectos descobertos. A Polícia fala apenas em “actividade continuada, ilegal, de escavação estratificada, recolha e guarda de vários tipos de achados arqueo-lógicos das épocas romana e medieval”. Quanto aos objectos apreendidos, a PJ fala em 113 artefactos e fragmentos, de entre os quais moedas e objectos metálicos, em barro e em granito.





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