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Edição de 13-05-2011

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SECÇÃO: Bragança

Câmara diz que está tudo dentro da normalidade
População de Macedo do Mato contesta funcionamento de ETAR

fotoA população de Macedo do Mato, no concelho de Bragança, não concorda com as recentes obras feitas na mini Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da aldeia.
O equipamento foi construído há cerca de três anos, mas terá revelado alguns problemas de funcionamento, quer ao nível da drenagem dos efluentes, quer ao nível da dimensão, insuficiente para o número de casas que serve.
“Quando enchia corria para fora e dava muito mau cheiro”, explicou Maria Isabel Morais, uma habitante. E “deitava fora logo à saída do depósito”, reforçou Teófilo Xavier, acrescentando que “o lixo grande ficava lá dentro e saíam as águas”. “A cada dois meses era preciso vir uma cisterna limpar aquilo”, frisou.
Para tentar resolver o problema foi feito, no último mês, um prolongamento à ETAR, através de uma canalização que vai desaguar a uma pequena ribeira.
No entanto, a população contesta esta solução por entender que está a poluir o curso de água.
“Fizeram uma espécie de esgoto e está a correr para uma ribeira que vai dar a Frieira”, revelou Maria Isabel Morais. “No século XXI não se percebe como fazem uma coisa dessas”, criticou, por sua vez, Teófilo Xavier. “Teria sido melhor fazerem uma ETAR em condições em que a água pudesse sair para o ribeiro, mas limpa”, salientou o habitante de Macedo do Mato. Já Carlos Castelo lamentou que, por causa da situação, no Verão não se possa beber uma pinga de água.
O vice-presidente da Câmara de Bragança esclarece, contudo, que o líquido que sai da ETAR e está a ser vertido na ribeira cumpre as normas ambientais e, por isso, não constitui qualquer foco de poluição.
“O efluente que sai das ETAR’s é um líquido que obedece às normas de qualidade e é evidente que tem de correr para uma linha de água, como acontece em várias aldeias”, explicou Rui Caseiro. O autarca acrescenta que, “muitas vezes, o que leva as pessoas a contestar é o facto de pensarem que polui, mas isso não é verdade” garante.
A autarquia salienta ainda que o controle químico dos efluentes é acompanhado diariamente por uma empresa certificada.





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