SECÇÃO: Macedo de Cavaleiros
As receitas caíram 40 mil euros e as despesas aumentaram 70 mil
Feira de S. Pedro deu 150 mil euros de prejuízo
As contas relativas à edição da Feira de S. Pedro deste ano, apresentadas na reunião da Câmara da terça-feira passada, confirmaram a tendência que tem vindo a verificar-se nos últimos anos: quebra nas receitas e aumento das despesas. Este ano, as primeiras caíram 40 mil euros, enquanto as segundas cresceram 70 mil. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros (ACIMC) justifica a derrapagem com a necessidade de manter a qualidade da Feira, mas os vereadores do Partido Socialista propõem que sejam estudadas estratégias para inverter aquela tendência, cujo montante assume já um peso razoável para o erário municipal.
A conjuntura económica e financeira que o país atravessa e que se reflecte num mais baixo poder de compra, teve efeitos na organização deste ano da Feira de S. Pedro, uma das maiores da região. As contas do evento, que foram apresentadas na última reunião da Câmara, revelaram a projecção de um cenário que os vereadores do Partido Socialista pretendem ver futuramente invertido . Rui Vaz considera que a quebra de 40 mil euros nas receitas e o aumento de 70 mil das despesas, representam cerca de 150 mil euros de prejuízo, um valor que já é bastante assinalável, mesmo tendo em conta todos os condicionalismos que derivam da crise económica e financeira que o país atravessa. Daí o apelo que fez à Câmara Municipal, no sentido de se procurarem, através de um estudo, soluções que apontem para alterar os resultados financeiros que têm vindo a ser obtidos nos últimos anos. Na sua perspectiva, um dos aspectos sobre os quais esse estudo se deve debruçar é procurar entender os motivos que levaram o sector da maquinaria agrícola a deixar de aparecer na feira.
Lamentando o facto das contas não terem sido apresentadas no mês passado, Rui Vaz realçou o esforço que a direcção da ACIMC tem feito para manter a organização da Feira, embora considere que a comemoração dos 25 anos de existência devesse merecer outro fulgor.
A organização tinha consciência da conjuntura económica , mas justificou o investimento na Feira com a necessidade de “manter o estatuto de melhor feira das actividades económicas da região”. “Apesar do fraco poder económico da população, houve a necessidade de salvaguardar aspectos que contribuíssem para a afluência de público, sendo este pressuposto uma das condições que os expositores colocam quando se inscrevem para participar na Feira”, explicou o presidente da ACIMC, António Cunha. É neste contexto que se inscreve, segundo o dirigente, “a estratégia de aumentar as despesas com a animação, cujo preço teve um balanço bastante positivo, até pelo facto de a Feira ter completado, este ano, 25 anos de existência”.
Para o presidente da Câmara, Beraldino Pinto, “o mais importante é que a Feira de S. Pedro deste ano correu de uma forma que continua a honrar Macedo”. E “o esforço” que a ACIMC tem vindo a desenvolver para organizar o evento, justifica, na sua perspectiva, todo o apoio que a autarquia pode dar. Este contributo é, conclui o autarca, a garantia de que o município quer que a ACIMC continue a trabalhar para que a edição de 2009 seja um sucesso.
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