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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 05-12-2008

SECÇÃO: Vila Flor

Queixa já está a ser investigada pela Inspecção-Geral das Actividades de Saúde
Casal acusa obstetra de ter desvalorizado infecção em cicatriz de cesariana

fotoUm jovem casal de Vila Flor acusa um médico-obstetra do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) de negligência no pós-parto. Em causa estará uma infecção que a jovem terá contraído na cicatriz da cesariana que fez na maternidade de Bragança, mas que terá sido desvalorizada pelo clínico. O caso já está a ser investigado pela Inspecção-geral das Actividades de Saúde.
Desde Maio que Filipa Madeira tem estado internada nos cuidados intensivos do Hospital de Santo António, no Porto, por causa de complicações que surgiram após o nascimento do primeiro filho. O marido da jovem acredita, no entanto, que a situação foi provocada pelo facto de o médico que a assistiu na maternidade em Bragança ter desvalorizado uma infecção na cicatriz da cesariana. E, por isso, já apresentou queixa na Inspecção-Geral das Actividades de Saúde.
Filipa teve alta três dias depois do parto, mas, segundo o marido, foi mandada para casa quando ainda no hospital tinha febre. “O médico disse-lhe que aquilo era para curar em casa e que aquilo não era nenhum hotel de cinco estrelas”, conta Vítor Pereira, acrescentando que o clínico “arrancou-lhe o penso no meio do corredor”. Em casa, Filipa terá continuado com dores. E, por isso, recorreu ao Centro de Saúde de Vila Flor, onde lhe foi receitado um antibiótico. No entanto, o medicamento acabou por não fazer efeito e Filipa Madeira voltou ao Hospital de Bragança. “Puseram--na lá num quarto e tiraram-lhe os agrafos todos da barriga e disseram-lhe que aquilo tinha de curar assim”, recorda ainda Vítor Pereira. Quatro dias depois, Filipa foi operada. “ Nessa altura, ela já gritava com as dores porque tinha a cicatriz toda aberta”, acrescenta o marido da parturiente.
Depois da operação no hospital de Bragança, Filipa Madeira foi encaminhada para o Porto. “Aqui recuperou bem, mas começou a fazer rejeição à prótese que lhe puseram, uma vez que na intervenção cirúrgica a que foi sujeita em Bragança foi-lhe retirado o útero. Ainda de acordo com o marido, também a bexiga, os rins e os intestinos já tinham sido afectados com a infecção.
O casal quer agora que as responsabilidades sejam apuradas e já apresentou, em Junho, queixa contra o hospital de Bragança, na Inspecção-geral das Actividades em Saúde.
O director clínico do CHNE, Sampaio da Veiga, escusou-se a prestar declarações sobre o caso, alegando que já se encontra sob a alçada de instâncias superiores.





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