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Edição de 13-05-2011

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SECÇÃO: Chaves

Serviço está a ser assegurado por contratados que temerão perder emprego
Enfermeiros descontentes com valores pagos para acompanhar doentes

fotoVários enfermeiros do Hospital de Chaves estão a recusar fazer o acompanhamento de doentes transportados para outras unidades, depois da direcção do Centro Hospitalar ter reduzido drasticamente o valor pago por hora. O serviço está a ser assegurado por enfermeiros contratados, que não poderão dizer “não”, com medo de não verem os contratos renovados. A administração nega, no entanto, que tenha havido qualquer pressão sobre os profissionais neste regime.
Uma descida abrupta do valor pago por hora aos enfermeiros do Hospital de Chaves que, nas folgas, acompanham doentes que são transportados em ambulância para outras unidades, seja para fazer exames médicos ou para ali ficarem internados, está a gerar indignação junto destes profissionais. Aliás, ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar, os enfermeiros que perten-ciam à lista de voluntários para o efeito já se recusaram prestar o serviço segundo a nova tabela, que rondará os 7,25 euros por hora. Anteriormente, o serviço era pago como hora extraordinária, nocturna ou diurna, e era paga segundo a categoria do enfermeiro. Além disso, agora, ao que foi possível apurar, durante as viagens, os enfermeiros também não estarão cobertos por nenhum seguro.
Ao que tudo indica, os enfermeiros foram informados da alteração pelos enfermeiros chefes de cada serviço de forma verbal.
Perante a recusa dos enfermeiros que constituíam a lista de voluntários, a direcção do Centro Hospitalar terá proposto que fossem os enfermeiros contratados a fazer o acompanhamento. A decisão terá sido comunicada aos enfermeiros em causa pelos enfermeiros chefes. “Assim, sem hipótese de dizer não, os enfermeiros contratados são desta forma sujeitos a ‘escravidão moderna’. O mesmo será dizer ‘ou fazem ou vão para a rua’”, criticam alguns enfermeiros que preferem não ser identificados.
Em declarações ao Semanário TRANSMONTANO, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Carlos Vaz, justificou a alteração dos valores pagos com a necessidade de “uniformizar procedimentos” ao nível das várias unidades pertencentes ao Centro. De acordo com Carlos Vaz, os preços pagos em Chaves eram mais altos que no resto das unidades. “Quando uns não querem, arranjam-se outros que os substituam, é como em tudo”, afirmou o administrado, rejeitando que exista qualquer “polémica”. Há sítios onde até são contratadas equipas só para fazer acompanhamento”, observou. Além disso, Vaz nega também que tenha existido qualquer pressão sobre os enfermeiros contratados para fazerem o acompanhamento, fazendo uso da precariedade da sua situação. “Ninguém foi pressionado. Era o que faltava!”, garantiu.





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