SECÇÃO: Chaves
Conselho executivo atribui resultados à “cultura de rigor e profissionalismo”
Fernão de Magalhães está entre as melhores escolas públicas
A Escola Fernão de Magalhães, em Chaves, voltou, este ano, a figurar entre as escolas públicas com melhores resultados no âmbito do ranking na-cional. Nos exames nacionais de Português de 12º ano alcançou mesmo o primeiro lugar em termos de escolas públicas.
Com uma média de 12.82 e num conjunto de 487 estabelecimentos de ensino (públicos e privados), a Escola Secundária Fernão de Magalhães, em Chaves, ficou colocada em 42ª posição em termos do ranking nacional que avalia os resultados obtidos em oito disciplinas (12º ano). De resto, de há cinco anos a esta parte que o antigo Liceu aparece colocado entre as primeiras 100 escolas com melhores resultados, sendo que foi em 2004, e numa avaliação de dados feita pelo mesmo jornal (Público), alcançou melhor posição: 30ª.
No entanto, este ano a Escola destacou-se, sobretudo, em termos de exames de 12 ano e às disciplinas de Português e de Matemática. No primeiro caso, em termos de escolas públicas foi aquela que alcançou melhores médias (13.46), tendo ficando em 4º lugar, no conjunto públicas e privadas. A Matemática, ficou em 26ª posição.
Para o presidente do conselho executivo, Fernando Castro, os “bons resultados” alcançados pela escola ao longos destes anos devem-se a um conjunto de circunstâncias, que passam pelo “rigor, profissionalismo e estabilidade do corpo docente”. É um facto. Dos 101 professores, 76 por cento são do quadro da escola, 15 por cento do quadro de zona pedagógica e apenas 9 por cento são contratados. “Aqui trabalha-se muito em sala de aula. Há uma cultura de exigência e rigor”, explica ainda Fernando Castro, lembrando que a própria centralidade e as características da escola influenciam. “Há mais paz, mais sossego, mais disciplina”, frisa. No entanto, Fernando Castro não nega também que o facto de a maioria dos alunos que frequentam a escola serem oriundos da cidade também contribui para a situação. “É óbvio que a situação sócio-económica dos pais dos alunos influencia”, reconhece. Em termos de habilitações académicas dos pais dos alunos que frequentam esta escola, 22 por cento têm o ensino secundário completo e 21 por cento têm uma licenciatura.
Na última avaliação externa feita à Fernão de Magalhães pela Inspecção Geral de Avaliação, em Abril passado, o estabelecimento mereceu a classificação “muito bom” em quase todos os itens avaliados.
Das restantes escolas dos distritos de Vila Real e de Bragança, só a Abade Baçal (Bragança) está nas primeiras 100 melhores. A EB2,3 de Vila Flor aparece em 103ª posição. De resto, a maioria dos restantes estabelecimentos aparecem abaixo do meio do ranking e alguns próximos dos últimos lugares.
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