SECÇÃO: Montalegre
Antiga Casa do Capitão poderá transformar-se na maior atracção turística da vila
Pólo de Salto do Ecomuseu já está aberto
Guardar dentro de quatro paredes a cultura barrosã não é fácil, mas também não é impossível. A Casa do Capitão, em Salto, é o mais recente pólo do Ecomuseu do Barroso e recria, através de objectos e imagens, muito da vida deste singular povo.
Depois de Paredes do Rio, Pitões das Júnias e Tourém, no passado sábado foi a vez de abrir portas ao público o pólo de Salto do Ecomuseu do Barroso, um projecto de preservação e valorização do cultura barrosã e em constante construção. Para o ano, além da sede, em Montalegre, irá também abrir portas o pólo de Vilar de Perdizes, que irá ser dedicado ao contrabando e à medicina popular. Mas porque se trata de um museu de território, explica o director do projecto, David Teixeira, não faria sentido excluir a outra parte do Barroso: o concelho de Boticas. No concelho vizinho estão já programados dois pólos temáticos, um na aldeia de Alturas do Barroso e outro na própria sede, dedicado ao vinho dos mortos.
Instalado naquela que era uma da casas mais abastadas do Barroso, a Casa do Capitão, o pólo de Salto, aberto oficialmente no passado sábado, na sequência da visita do ministro da Administração Interna, Rui Pereira (ver texto em cima), está especialmente voca-cionado para os ofícios tradicionais, desde o ciclo da lã e do linho. Mas também retrata, por exemplo, a matança do porco e outras tradições barrosãs. A memória da exploração de volfrâmio é outra vertente do espaço, que dá também especial atenção à raça autóctone da região: a raça barrosã.
Além disso, para dinamizar o espaço, no mesmo edifício estão instalados serviços culturais e sociais da própria Câmara, onde a população da maior freguesia poderá, por exemplo, aceder à Internet ou tratar do rendimento de inserção social. Também há serviço de biblioteca. Além disso, existe um espaço para venda de produtos locais e um auditório para 50 pessoas, onde os visitantes poderão ver pequenos documentários representativos da vida barrosã, mas que poderá igualmente servir para realizar reuniões e colóquios.
O vereador da cultura da Câmara, Orlando Alves, está confiante nas potencialidades turísticas do espaço e confiante de que o pólo irá trazer “muita gente à região”.
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