SECÇÃO: Montalegre
Impostos em dívida às Finanças já foram pagos
Penhora sobre o matadouro foi suspensa
A acção de penhora que pendia sobre o Matadouro Regional do Alto Tâmega e Barroso foi suspensa. O processo de venda do equipamento levado a cabo pelas finanças locais foi interrompido a menos de uma semana de terminar o prazo de entrega de propostas e depois de parte dos impostos em dívida terem sido pagos.
O presidente do conselho de administração do Matadouro Regional do Alto Tâmega e Barroso, José Justo, conseguiu evitar a venda do equipamento penhorado às finanças locais por uma dívida de cerca de 360 mil euros. No passado dia 1, a administração do matadouro conseguiu saldar a dívida dos impostos (IRS, IRC, IVA e IMI) devidos às finanças (cerca de cem mil euros), bem como que a Direcção Regional da Agricultura do Norte (DRAN) suspendesse o processo de execução por dívidas relacionas com a falta de pagamento de taxas relacionadas com inspecções sanitárias, somadas no mesmo processo. Ao que foi possível apurar, o pagamento à DRAN irá ser feito em prestações, no âmbito de um protocolo estabelecido entre ambas as instituições. O Semanário TRANSMON-TANO questionou o gabinete de imprensa do Ministério da Agricultura sobre o assunto, no sentido de conhecer pormenores sobre o acordo estabelecido. No entanto, a informação não foi enviada em tempo útil. O contacto, via telemóvel, com o presidente do conselho de administração do matadouro também se mostrou infrutífero.
O processo de venda do matadouro foi desencadeado no passado dia 5 de Junho, via electrónica. O preço base de venda era de 245 mil e 497 euros e a entrega de propostas, em carta fechada, estava prevista para o passado dia 7 de Agosto. Na altura, em declarações ao Semanário TRANSMONTA-NO, o presidente do conselho de administração, que representa a Cooperativa Agrícola de Montalegre e um conjunto de agricultores, José Justo, garantiu que conseguiria saldar a dívida. “Está tudo encaminhado. Não é isso que me tira o sono”, disse, então.
Inaugurado em 1995, o matadouro custou perto de 5 milhões de euros e a maioria das acções pertencem ao Estado, que, no entanto, já anunciou que pretende aliená-las. Aliás, os restantes accionistas, onde se inclui a própria Câmara Municipal de Montalegre, já foram notificados, no sentido de querem exercer o direito de preferência.
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