SECÇÃO: Chaves
Iniciativa pretende fazer face às dificuldades económicas
Associação dos Amigos dos Animais procura “padrinhos” para cães vadios
A Associação de Amigos dos Animais de Chaves (AAAC) anda à procura de padrinhos para os cães que se encontram no canil municipal. Sim, pode escolher o nome ao afilhado ou afilhada. Mas não só. Terá que participar na alimentação, no gasto com as vacinas ou idas ao veterinário, e, em contrapartida, poderá levá-lo a passear ou de fim-de-semana.
Não ter espaço em casa ou muito tempo já não é desculpa para não ter cão. Pode apadrinhar um. É o que propõe a Associação de Amigos dos Animais de Chaves (AAAC).
Eis as obrigações do padrinho: ajudar na alimentação e contribuir nas despesas relacionadas com a saúde do animal, que continuará a residir no canil. Levar o afilhado ou afilhada a passear ou de fim-de-semana são os direitos, que incluem ainda a escolha de um nome. “Houve-se muitas pessoas dizer que gostavam de ter um cão, mas que não podem porque não tem condições, ora esta é uma forma de contornar essa situação”, explica um membro da AAAC, acrescentando: “As pessoas pensam que nos canis só há cães doentes e velhos, mas não é verdade. Temos lá cachorrinhos lindos!”.
No entanto, a acção de apadrinhar não se fica por satisfazer apenas o desejo do padrinho. Com a iniciativa, a Associação pretende fazer face às despesas com que se deparam diariamente para gerir, em parceria com a Câmara Municipal, o canil, onde, neste momento, se encontram cerca de 90 cães.
As dificuldades económicas já levaram inclusivamente a Associação a deixar o espaço onde estava sedeada. O contacto com os sócios agora é feito através dos contactos telefónicos dos membros da Associação (93 317 48 22/96 648 51 7/ 96 245 01 70 /96 725 26 68) ou através do endereço electrónico [email protected].
De acordo com a AAAC, é de ração, de cobertores e de medicamentos do que mais necessitam. “Há medicamentos, como pomadas cicatrizantes ou betadine, que as pessoas têm em casa e já não usam e nos são muito úteis”, explica o mesmo membro da Associação, lembrando que as pessoas também podem ajudar, abatendo na conta aberta no veterinário. “Quem quiser, em vez de nos entregar o dinheiro a nós, pode ir lá e deixar o que entender”, revela.
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