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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 18-04-2008

SECÇÃO: Chaves

Operação da Brigada Fiscal ocorreu em Outubro do ano passado
Produto apreendido a empresário não era cocaína

fotoFoi posto em liberdade o empresário flaviense preso preventivamente desde Outubro do ano passado no âmbito de uma mega operação da Briga Fiscal da GNR. Os testes laboratoriais revelaram que, afinal, não era droga o produto encontrado na casa do empresário.
O Tribunal de Guimarães ordenou no início do mês a “libertação imediata” de um empresário de Chaves mantido em prisão preventiva por tráfico de droga. A “cocaína”, então apreendida pela Brigada Fiscal (BF) da GNR na casa do suspeito não era, afinal, droga, segundo revelaram os exames do laboratório da polícia científica.
Revoltado com o “engano”, o empresário quer, para já, “limpar a sua imagem”. “Fui rotulado de traficante. Desci abaixo de zero”, diz, revelando que um eventual pedido de indemnização será numa “segunda fase”. Apesar de várias tentativas, o Semanário TRANSMONTANO não conseguiu ouvir a GNR sobre o assunto, nomeadamente sobre a eventual falha dos testes de despistagem rápida que terão sido feitos ao produto na altura da apreensão.
José Matias dos Santos, de 60 anos, está em liberdade desde o passado dia 4. No entanto, continua refém da suspeita criada à sua volta. “Ainda mal saí de casa. Quero primeiro que toda a gente saiba que fui vítima de um engano e que nunca fui traficante de droga”, contou, depois de ter entregue um “esclarecimento público” em todos os jornais com sede em Chaves e onde a notícia, então, foi publicada.
O empresário, proprietário de uma papelaria na cidade - que depois do sucedido encerrou - e ligado ao ramo dos transportes internacionais, foi detido no dia 1 de Outubro do ano passado, depois de uma busca à sua residência. Em causa estava um processo de investigação relacionado com contrabando de tabaco. No entanto, o tabaco encontrado na casa do empresário, cerca 54 volumes, acabaria por ser a descoberta menos relevante. Durante a busca, os militares descobriram um milhão de dólares falsos e a “droga”, que foi posteriormente identificada como lidocaína (um produto que não faz parte da tabela de substâncias proibidas). José Matias garante mesmo que tem documentos oficiais que dizem que se trata de um produto usado em trabalhos agrícolas. A substância encontrava-se em sacos da “Bayer” e de outras marcas. “Eu disse-lhes sempre que era um produto que usávamos para lavar vasilhame, mas eles não quiseram saber”, conta o empresário.
Na sequência das apreensões, José Santos acabou por ser acusado de vários crimes: associação criminosa, contrabando qualificado, tráfico de droga, contrafacção de moeda, branqueamento de capitais...
Além da acusação do tráfico de droga ter desaparecido com o resultado dos exames, também se terá alterado a acusação de contrafacção de moeda. José dos Santos estará apenas acusado de passagem de moeda falsa. O empresário irá aguardar julgamento pelos restantes crimes de que é suspeito apenas com Termo de Identidade e Residência.





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