SECÇÃO: Montalegre
Adelino Bernardo eleito novamente presidente da comissão política
PSD já tem líder concelhio
A Comissão Política Concelhia de Montalegre do PSD volta a estar activa, depois de mais de três anos em gestão corrente. Foi reeleito, numa lista única, o presidente demissionário, Adelino Bernardo. Mesmo assim, o líder social-democrata fala em renovação e garante que dois terços da equipa é gente nova. Para já, Adelino Bernardo assegura também que não é candidato à Câmara. Continua convencido que perdeu as últimas eleições por causa do voto dos emigrantes. E tem uma certeza: Se tivesse sido eleito, em Montalegre não haveria certamente Pavilhão Multiusos, mas “as pessoas viveriam mais felizes”.
Nas últimas autárquicas, em 2005, Adelino Bernardo percebeu que perdera as eleições um dia antes do acto. “Quando me levantei no sábado de manhã e vi tantos autocarros [vindos da fronteira] a passar dei logo conta”. A premunição do candidato estava mais que certa. Com mais 1.246 votos que o PSD, o PS alcançou a maior vitória de sempre. “Num concelho como o nosso ter uma bolsa de mil a dois mil emigrantes não é brincadeira”, acrescenta Adelino Bernando, lembrando que nem mesmo Cavaco Silva conseguiu tanta votação.
Face à derrota, o candidato acabou por pedir a demissão da presidência da Concelhia. E, apesar de várias tentativas pelo meio só no final de Janeiro, quase três anos depois, foi eleita uma nova direcção. Novamente com Adelino Bernardo na liderança. Mesmo assim, o quadro da direcção regio-nal de Agricultura fala em “renovação”. “Dois terços da equipa é gente nova”, afirma. De facto, os “históricos” do partido desapareceram. Guilhermina Costa (na mesa do plenário) e Fernando Calvão (na comissão política) são as únicas excepções. Adelino Bernardo, assegura, no entanto, que, apesar de algumas figuras mais conhecidas do PSD local não fazerem parte da CPC, “estão dispostas a trabalhar”.
Afastada, para já, está a hipótese de uma nova candidatura à Câmara nas próximas eleições, em 2009. “Neste momento, não sou candidato, nem se sabe quem será. Encontrar uma solução nesse sentido é, aliás, o que pretendemos”, esclareceu.
Mesmo assim, não esconde a sua ideia de desenvolvimento do concelho, que, diz, passa pelas “pessoas”, pela “criação de riqueza e postos de trabalho para que as populações se fixem. “Não é difícil as pessoas quererem vir para Montalegre, se houver condições”, argumenta, confessando que ele próprio continua tão “apaixonado pelo concelho como há 20 anos”, altura em que se mudou para esta terra. Se tivesse sido eleito nas últimas eleições, tem uma certeza: não haveria Pavilhão Multiusos, certamente, mas “tinha as pessoas a viver mais felizes, não tenho dúvidas”.
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