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Edição de 13-05-2011

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Arquivo: Edição de 22-02-2008

SECÇÃO: Valpaços

Análises revelaram níveis de arsénio a mais
Água de Paradela está imprópria para consumo

fotoA água da rede pública da aldeia de Paradela, em Valpaços, está imprópria para consumo. As últimas análises revelaram níveis de arsénio superiores aos recomendados. O delegado de saúde acredita que alteração tenha sido provocada pela sujidade acumulada no depósito, entretanto, já desinfectado. A população queixa-se de não ter sido avisada “logo” da situação, mas a delegação de saúde e a Câmara negam.
Na aldeia de Paradela, em Valpaços, há mais de uma semana, que a população é obrigada a beber água engarrafada e a cozinhar com água “emprestada” - por quem tem furos particulares- ou trazida de uma fonte de uma aldeia contígua. A água da rede pública está inquinada. As últimas análises químicas realizadas pela Câmara e pela delegação de saúde de Valpaços detectaram níveis acima dos valores recomendados de “metais pesados”, entre os quais arsénio, uma substância considerada tóxica e cancerígena. E, por isso, a população está impedida de a consumir. Além do transtorno, alguns moradores queixam-se, sobretudo, de não terem sido “avisados a tempo” do que se estava a passar. “Só vieram pôr um aviso depois de eu ter ligado para a delegação de saúde a confirmar o que se ia comentando sobre a qualidade da água”, garantiu um habitante. O delegado de Saúde, António Gomes, garante o contrário. “Mal soubemos, colocamos um aviso a aconselhar as pessoas a não consumir”.
O presidente da Câmara, Francisco Tavares, assegura também que foram tomados todos os procedimentos habituais nestas situações. “Paramos o fornecimento de imediato”, garantiu. Há outras contradições no caso. O delegado de saúde garantiu que “não houve doenças de origem hidríca” relacionadas com o consumo da água. Mas os moradores dizem que ultimamente havia muita gente na aldeia com “diarreia e vómitos”.
Quanto à origem da alteração da água, o delegado de saúde acredita que a mesma se deva à sujidade que se encontrava acumulada no depósito de água, entretanto, limpo e desifectado pela autarquia. Aliás, António Gomes, criticou a alegada falta de limpeza dos reservatórios. “Eles têm que ser limpos, porque não acontece já me ultrapassa”, disse. O presidente da Câmara garante, no entanto, que os depósitos são limpos sempre que se detectam “anomalias”.
Os resultados da recolha feita após a desinfecção do depósito deverão ser conhecidos para a semana. Se os valores se mantiverem, o presidente da Câmara promete resolver o problema através de uma empresa especializada, que instalará um sistema para tratar o arsénio. Além disso, Tavares garantiu que irá licenciar um novo furo de água no local para reforçar o abastecimento.





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