Arquivo: Edição de 08-04-2011
Em causa estará dúvida sobre capacidade financeira da Câmara para fazer obra Tribunal de Contas devolve pela 3ª vez processo da Central de Camionagem
Depois de vários impasses, a começar pelo verificado em Julho do ano passado com a intenção manifestada pela Câmara Municipal de entregar a obra à empresa classificada em segundo lugar no concurso ( a Edimarco de Marco de Canaveses), alegando que à primeira classificada (a Multinordeste) faltou entregar uma certidão para completar o processo, e o relacionado com a aquisição dos terrenos para a sua construção, ultimamente tem sido o Tribunal de Contas a colocar os maiores entraves. No dia 29 do mês passado, a entidade fiscalizadora das contas públicas voltou a devolver o processo (e isso sucede, pela 3ª vez), facto que indicia que as explicações dadas pela autarquia sobre as formas de financiamento da obra voltaram a não convencer os juízes do Tribunal de Contas. Presume-se que em causa estará, entre outras justificações, o actual estado de endividamento da autarquia. Foi a falta de informação sobre esta questão e sobre os procedimentos atrás aludidos que levaram o vereador do Partido Socialista (PS) Rui Vaz a questionar o presidente da autarquia sobre o assunto, na reunião de Câmara da segunda-feira passada. O Semanário TRANSMONTANO também quis ouvir as explicações do presidente da autarquia sobre a matéria, mas a resposta que recebeu do seu gabinete foi de que Beraldino Pinto estava fora do concelho, em serviço. Recorda-se que, tendo em conta a precariedade que revela o local de paragem dos autocarros (sem área coberta para acolher os passageiros e sem sanitários), a Central de Camionagem tem sido uma prioridade anunciada, desde 1999 pelos candidatos a presidentes da Câmara. No entanto, só em 2009 é que o concurso começou a ser organizado e só no Verão de 2010 é que a obra foi adjudicada. Entretanto, o presidente da Câmara tem, em diversas ocasiões, reiterado o propósito de avançar com a obra, nomeadamente em actos públicos em que interveio, como o da inauguração da Feira de S. Pedro do ano passado. No Boletim Municipal de Junho do ano passado, dava-se até relevo ao valor em causa (835 mil euros) e referia-se que o prazo de construção estabelecido para a obra seria de 300 dias, prazo esse que estará prestes a expirar. Por: João Branco |