Arquivo: Edição de 25-03-2011
Ampliação foi inaugurada pelo secretário de Estado da Saúde Serviço de gastrenterologia com mais equipamentos e mais espaço mas com falta de médicos
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, inaugurou, na sexta-feira da semana passada, a ampliação do serviço de gastrenterologia do Hospital de Chaves, uma intervenção que custou 265 mil euros. Além do alargamento das próprias instalações, houve um reforço dos meios técnicos do serviço. Foram adquiridos mais três endoscópios. Antes, só existiam dois, um para endoscopia digestiva alta (esófago e estômago) e outro para endoscopia baixa (intestino grosso), agora há cinco aparelhos. “Isto quer dizer que acabou o que acontecia até aqui, quando avariava um dos instrumentos. Durante aquele tempo suspen-diam-se os exames. Agora, consegue-se responder a todas as necessidades da urgência e da actividade programada, com tempos de resposta baixíssimos”, explicou Manuel Pizarro, realçando ainda que as novas instalações “são absolutamente confortáveis para os utentes”. Mas se, em termos técnicos, o serviço está “na primeira linha dos hospitais nacionais”, o problema agora prende-se com a falta de especialistas. A necessidade foi relatada ao secretário de Estado da Saúde pelo director do serviço do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Venâncio Mendes, que considerou a falta de pessoal um “drama”. “Estamos a fazer de tudo para contratar mais um gastrenterologista para Chaves”, explicou, ao Semanário TRANSMONTANO, Venâncio Mendes, lembrando que “não é fácil porque os médicos que estão a acabar a especialidade estão a enveredar para hospitais particulares. Neste momento, de acordo com o director do serviço, em Chaves e Vila Real (onde são feitas as endoscopias com maior grau de especialização) existem cinco especialistas (5 em Vila Real e um em Chaves), sendo que existe mobilidade dos clínicos consoante as necessidades. Em resposta a necessidade de mais profissionais lançada por Venâncio Mendes, Manuel Pizarro referiu que a falta de médicos é um problema comum em toda a região de Trás-os-Montes e que tem havido por parte deste Governo uma preocupação em aumentar o número de estudantes em medicina. “O número de alunos nas faculdades de medicina é o maior de sempre”, revelou o governante, admitindo, no entanto, que “é essencial” conseguir que o serviço de gastrenterologia adquira idoneidade formativa, ou seja, esteja credenciado para internatos de especialidade”, para que se consiga fixar profissionais numa fase mais precoce. “Captá-los depois, quando já têm a sua vida montada noutro local, é mais difícil”, concluiu Manuel Pizarro. Depois da inauguração do serviço de gastrenterologia, o governante inaugurou ainda a primeira Unidade de Saúde Familiar do Alto Tâmega, no Centro de Saúde da Fonte do Leite, e a Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia. Por: Margarida Luzio |
|
||||||