Publicidade
Publicidade
Edição de 13-05-2011
Pesquisa

Arquivo: Edição de 29-04-2011

Curiosidades

Sabia que:

- Cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, resolveram o mistério de como pulgas saltam tão longe e tão rápido.

Estudos anteriores já haviam revelado que a energia necessária para catapultar uma pulga a uma distância 200 vezes maior do que o comprimento do seu corpo tinha origem em uma estrutura elástica, semelhante a uma mola, presente no organismo do insecto.

Mas os especialistas não entendiam como as pulgas transferiam esta energia para o chão de forma a poder saltar. Filmagens feitas com câmaras capazes de capturar objectos movendo-se em alta velocidade revelaram que o segredo está na forma como as pulgas usam as suas pernas traseiras - como alavancas de múltiplas partes. Esse 'efeito alavanca' permite que as pulgas pressionem as suas patas no chão e a libertação repentina da 'mola enrolada' projecta o insecto para a frente e para cima, afirmam os cientistas na revista científica "Journal of Experimental Biology". Um dos cientistas envolvidos no trabalho espera poder utilizar mecanismos semelhantes ao da pulga na construção de máquinas.

- Uma pesquisa publicada na revista Physiological and Biochemical Zoology revela a complexa série de mudanças experimentadas pelo coração dos ursos grizzly (Ursus arctos horribilis) enquanto hibernam. Normalmente, um urso pardo hiberna entre cinco e seis meses ao ano. Durante esse tempo, o ritmo do seu coração baixa de 84 batidas por minuto quando está activo a somente 19. "Se um coração humano reduzisse as suas pulsações deste modo, ocorreriam muitas coisas prejudiciais", explica Bryan Rourke, co-autor do estudo. Para começar, uma frequência tão lenta faz como que o sangue encharque nas cavidades do coração (aurículas e ventrículos). Em um ser humano, o aumento da pressão faria com que as cavidades se estendessem, e o músculo dilatado seria mais frágil e menos eficiente, levando finalmente a uma paragem cardíaca congestiva. "Os ursos são capazes de evitá-lo, mas até agora não sabíamos como", acrescenta Rourke. Usando dados obtidos de ursos criados em cativeiro na Universidade Estatal de Washington, com ajuda de um ecocardiograma, bem como analisando o tecido cardíaco de ursos selvagens, os cientistas descobriram que as proteínas do coração mudam para adequar-se ao ritmo dos batimentos. As contracções do músculo cardíaco são controladas por uma proteína chamada miosina com duas variedades, alfa e beta. A versão alfa produz uma batida mais rápido, porém mais débil. "Durante a hibernação, o músculo auricular esquerdo do coração dos ursos produz mais proteína alfa", explica Rourke. Isto faz com que a frequência seja mais frágil e evita danos no coração enquanto a auricular empurra o ventrículo esquerdo, uma cavidade que se torna mais rígida para evitar esticar muito quando o sangue se acumula. Os cientistas esperam que a descoberta tenha, algum dia, aplicação em humanos para o tratamento de doenças coronárias.


Faça o seu comentário

Diga o que pensa sobre este texto. O seu comentário será publicado online após aprovação da redacção.

Gostei Concordo
Comentários
Nome Email
Código de Verificação Insira os algarismos da figura
 
Publicidade
Armazéns Europa
© 2007 Semanário Transmontano | Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital. Comentários sobre o site: .