Arquivo: Edição de 21-04-2011
Sabia que:- Estudo publicado pela revista científica Zootaxa detalha a descoberta de uma nova espécie de peixe encontrado no Igarapé Curuá, afluente do Rio Amazonas, na região da Estação Ecológica Grão Pará. A oficialização da nova descoberta amplia os resultados de expedições realizadas para conhecer a biodiversidade na região da Calha Norte e das reservas, que foram criadas em 2006 e permaneciam inexploradas. As expedições de reconhecimento foram organizadas em parceria pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, pela organização não governamental (ONG) Conservação Internacional (CI) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema-PA). A nova espécie é conhecida pelos cientistas apenas pelo exemplar encontrado durante a expedição na Calha Norte. O peixe foi colectado com uma peneira no Rio Curuá, no Pará, e estava junto com outras 15 espécies observadas. Segundo o pesquisador Wolmar Wosiacki, que descreveu a nova espécie em co-autoria com os cientistas Luciano Montag e Daniel Coutinho, o peixe, acredita-se, é difícil de ser encontrado devido ao seu tamanho. A espécie Stenolicmus ix difere de outras pelo comprimento dos barbilhões, filamentos encontrados na área nasal e maxilar. A nova espécie também é diferente pelo padrão da cor na região dorsal do tronco. Outra característica observada pelos cientistas foi o formato dos olhos e o comprimento da cabeça, "proporcionalmente grandes".
- Encontraram no Quénia uma aranhas-saltadora "vampira" que se sente atraída pelo cheiro de pés. Trata-se da espécie Evarcha culicivora, especializada em caçar mosquitos que previamente ingeriram sangue de mamíferos. Um de seus alimentos favoritos é a fêmea do mosquito Anopheles, que transmite a malária, o que converte esta aranha do Leste da África em um aliado natural contra uma doença que afecta actualmente 2,9 bilhões de pessoas em todo mundo. A aranha foi descoberta em 2003 por Robert Jackson, da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia), que observou que ela se sentia atraída pelos mosquitos transmissores da malária. Em 2009 Jackson demonstrou que o sangue é um alimento para estas aranhas, mas também actua como afrodisíaco, já que depois de tomar se tornam irresistíveis para o sexo oposto. E agora, em um estudo que foi publicado na revista Biology Letters, o pesquisador e sua colega Fiona Cross deram um passo a mais ao demonstrar que estes aracnídeos se sentem atraídos pelo "cheiro do suor" de meias usadas, popular chulé, mas não para com as meias limpas. Os pesquisadores suspeitam que esta característica se deve ao facto que o cheiro alerta as aranhas sobre a possibilidade de que os mosquitos estejam por perto. |