Arquivo: Edição de 01-04-2011
Jovem de 14 anos suspeito de violar menina de três na casa de banho de um café
A criança teve alta hospitalar na terça-feira passada, no mesmo dia em que foi sujeita aos exames periciais que irão confirmar ou não a violação. O jovem foi levado para uma instituição da cidade que acolhe crianças em risco. O caso está entregue à PJ, que, para já, e pela natureza “sensível do assunto”, confirma apenas a investigação. Ao que foi possível apurar, a alegada violação terá ocorrido na tarde de sábado, num café de Vila Verde da Raia situado junto à estrada da fronteira. A mulher que está a explorar o estabelecimento garante não se ter apercebido de nada. “Não ouvi nada, nem gritar a menina, nem chorar. Só dei conta que se passava algo na casa de banho porque uns clientes estavam a gritar com um miúdo e eu fui ver o que se passava, mas até pensei que fosse o rapaz que tivesse batido à menina”, contou, garantindo que só soube que se suspeitava de violação, quando, passado algum tempo, a GNR entrou no local e a confrontou com a situação. “Quando me contaram e me disseram que tinham que selar as casas de banho para recolher provas fiquei parva”, relatou. Ao que foi possível apurar, na casa-de-banho terão sido recolhidos alguns indícios que o laboratório da polícia científica irá agora comparar com o ADN do suspeito. Ao que tudo indica, o jovem estaria no café com mais quatro homens adultos, um outro rapaz que teria mais ou menos a idade dele e a menina. Ao que tudo indica serão todos residentes na localidade, num acampamento cigano, e clientes habituais do café. A denúncia do caso às autoridades foi feita pelo próprio hospital, que avisou a PSP local, que, entretanto, encaminhou a investigação para PJ de Vila Real. Ao que foi possível apurar, os exames preliminares feitos à criança terão confirmado que houve contacto físico entre o suspeito e a vítima. Na terça-feira, a criança foi alvo de exames mais específicos no gabinete do Instituto de Medicina Legal, no sentido de se confirmar ou não a violação. O jovem, que no próprio dia foi entregue, pela PSP, numa instituição da cidade destinada acolher crianças em risco, deverá ser alvo de um processo tutelar educativo. Depois de concluída a investigação da PJ, o jovem deverá ser ouvido por um juiz do tribunal de menores, que, em caso de comprovação dos factos, deverá aplicar ao jovem uma medida tutelar. Ao que foi possível apurar, o jovem já está referenciado pelas autoridades por suspeita de furtos. Por: Margarida Luzio |