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Edição de 13-05-2011
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Arquivo: Edição de 11-03-2011

Macedo de Cavaleiros

Construção da Central de Camionagem protelada mais uma vez

Tribunal de Contas quer mais explicações sobre formas de financiamento

A Central de Camionagem de Macedo de Cavaleiros corre o risco de sofrer um novo impasse. A obra já foi consignada, mas o arranque está pendente devido “a alguns pontos colocados pelo Tribunal de Contas” a que a Câmara terá de responder.

Para o vereador do Partido Socialista Rui Vaz “cada obra em Macedo é uma novela, da qual apenas se sabe qual é o título, faltando saber o teor do enredo, quantos episódios tem e como e quando acaba”. A metáfora do socialista na última reunião de Câmara veio a propósito da construção da Central de Camionagem, adjudicada no Verão passado, “e que não há meio de arrancar”. Considerando que “os meses vão passando (este mandato já leva um ano e meio)”, o vereador pediu para o executivo “falar verdade e assuma, de vez, a incapacidade para resolver o problema”. Pelo vice-presidente da autarquia, Duarte Moreno, respondeu o director de departamento, depois de ter abandonado a reunião para consultar o processo, cujos contornos formais não tinha memorizado. Regressado, poucos minutos depois, informou que, como obra já tinha sido adjudicada também já tinha sido feita a sua consignação, só que a mesma está pendente porque há “alguns pontos colocados pelo Tribunal de Contas” a que a Câmara terá de responder”.

Este já é o segundo impasse depois de a obra ter sido colocada a concurso. O primeiro registou-se no mês de Julho do ano passado, quando a Câmara Municipal manifestou a intenção de entregar a obra à empresa que ficou em segundo lugar no concurso (a Edimarco, de Marco de Canaveses), alegando que à primeira classificada (uma empresa do concelho de Macedo) faltou entregar uma certidão para completar o processo. Mediante a posição da Multinordeste, que prometia não baixar os braços e recorrer à justiça, se tal fosse necessário, para que a obra lhe fosse entregue, a autarquia acabou por ceder aos argumentos desta última empresa.

Recorda-se que, apesar de ter vindo a ser anunciada pelos candidatos à Câmara nos últimos 18 anos como uma das “prioridades” para o concelho, facto que revela a precaridade do local de paragem dos autocarros (sem área coberta, nem sanitários) com que os passageiros deparam quando têm de viajar em transportes públicos, de ter figurado no Plano de Actividades da autarquia desde 1999 e de ter visto o projecto aprovado em Fevereiro de 2008 – passo que levou a actual gestão da Câmara a prever o lançamento da obra até ao final desse ano – , só na reunião de 20 de Julho de 2009 é que foi aprovada a aquisição do terreno que faltava para avançar com a construção da Central de Camionagem. Na altura, o vereador da oposição Rui Vaz acusava a gestão da Câmara de estar a ombrear com uma medida eleitoralista, dado o período eleitoral que então decorria, até porque, argumentava o eleito socialista, a escritura do terreno estava aprazada só para daí a um ano (finais de 2010). Não obstante estes constrangimentos, a Câmara garantia que a obra era mesmo para avançar e que o processo do concurso (em 2009) já estava a ser organizado. De então para cá foi reiterado, pelo presidente da Câmara, Beraldino Pinto, o mesmo propósito nos vários actos públicos em que interveio, nomeadamente na Feira de S. Pedro do ano passado. No Boletim Municipal de Junho do ano passado, dava-se até relevo ao valor em causa (835 mil euros) e referia-se que o prazo de construção estabelecido para a obra seria de 300 dias, prazo esse que estará prestes a expirar.

Por: João Branco


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