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Edição de 13-05-2011
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Arquivo: Edição de 04-03-2011

Alto Tâmega

Deputados têm 30 dias para consensualizar sobre o tema

Unidade Local de Saúde em discussão na comissão parlamentar da especialidade

António Cabeleira defendeu na Assembleia da República que o Governo deve criar o mais breve possível a Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega
António Cabeleira defendeu na Assembleia da República que o Governo deve criar o mais breve possível a Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega
A discussão em torno da criação de uma Unidade Local de Saúde no Alto Tâmega no plenário da Assembleia da República de quinta-feira passada foi inconclusiva. O assunto baixou à comissão de saúde do parlamento no sentido de ser encontrada uma proposta consensual que resulte dos quatros projectos de resolução apresentados pelo PCP, Verdes, PS e PSD.

A comissão de saúde da Assembleia da República tem 30 dias para apresentar uma proposta que consiga agregar as posições dos quatro partidos que, no plenário de AR de quinta-feira da semana passada, apresentaram projectos de resolução no sentido de proporem à Governo a criação de uma Unidade de Saúde Local no Alto Tâmega. A discussão do assunto em sede parlamentar surgiu na sequência de uma petição pública que reuniu mais de 6 mil assinaturas e que teve por base a alegada degradação dos serviços prestados pelo Hospital de Chaves, na sequência da integração desta unidade no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, em 2007. No entanto, as propostas dos quatro partidos não chegaram a ser colocados à votação. Ficou decidido que o assunto seja, primeiro, consensualizado em sede de comissão parlamentar de saúde.

Em conferência de imprensa, na passada segunda-feira, a deputada à Assembleia da República Paula Barros garantiu que o PS irá manter o teor do projecto de resolução que apresentou no plenário. Isto é: que seja feito um estudo técnico-político no sentido de perceber que melhorias trará para a população a criação da ULS. E que, entretanto, o Governo adopte medidas, a curto prazo, que melhorem a “quantidade e qualidade dos serviços prestados pela unidade de Chaves”. “Isto não é incompatível! Muito pelo contrário. Quanto mais fortalecido estiver o hospital, em melhores condições estará para avançar para outro modelo, que seja tido como melhor”, disse a deputada, também presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Chaves. “E não me venham com o argumento de que pedir estudos é perpetuar o problema, porque se podem pedir estduos, exigindo prazos. Pedir estudos é discutir as coisas de forma séria”, defendeu Paula Barros.

PSD quer ULS o mais rápido possível

Para a deputada, o estudo deve ser requerido pela Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT) em parceria com outras entidades, como a Administração Regional de Saúde do Norte.

Se as conclusões do estudo realizado apontarem no sentido da criação da ULS, Paula Barros garante que o PS “não tem qualquer complexo” em defender o modelo. “Se for avaliado e se concluir que é o que serve melhor os cidadãos, estaremos na linha frente para o defender”, garantiu a deputada.

Quem não tem quaisquer dúvidas sobre a bondade deste modelo é o PSD. Na exposição que fez na Assembleia da República, o deputado António Cabeleira, também vereador na Câmara de Chaves, recomendou ao Governo que crie, “no mais rápido tempo possível, a ULS do Alto Tâmega. Na exposição que fez, Cabeleira defendeu mesmo que todo o território se devia estruturar em Unidades Locais de Saúde e Hospitais Centrais. “A diversidade de modelos provoca injustiças e desprotege os cidadãos”, disse.

Em relação ao Hospital de Chaves, Cabeleira referiu que a integração no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes foi um “tremendo fracasso” e que a “Unidade Hospitalar de Chaves perdeu recursos humanos e valências, tornou-se ineficaz”. “É de reconhecimento público que as ULS proporcionam mais-valias associadas à consolidação de cuidados de saúde, decorrentes da integração de cuidados de saúde a prestar, nomeadamente, através da criação de um processo clínico único, partilhado entre cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares e cuidados continuados. Por outro lado, viabiliza-se uma optimização da oferta dos serviços de urgência e dos cuidados de saúde programados, com uma gestão mais racionalizada da procura”, defendeu o parlamentar.

O projecto de resolução do PCP também pede a criação de uma ULS, mas em articulação “administrativa, financeira, logística, técnica e clínica com o CHTMAD, pelo prazo de dois anos, após o qual se reavaliaria a experiência e se decidiria em conformidade no sentido de se aprofundarem as autonomias ou de fazer cessar a experiência”. Por sua vez, o projecto de resolução de “Os Verdes” recomenda ao Governo que proceda aos estudos necessários com vista à criação da Unidade de Saúde do Alto Tâmega, cobrindo o mesmo universo populacional abrangido até 2007, data da integração, pelo Hospital Distrital de Chaves. Para “Os Verdes” , “depois de integrado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), o Hospital Distrital de Chaves perdeu recursos humanos, médicos e funcionários, para além de algumas valências médicas, encontrando-se hoje numa situação desoladora”.

Por: Margarida Luzio

Comentários a esta notícia

LUISA LUISA.MAGALHAES@yahoo.com
Gostei: Sem Opiniao ... Concordo: Sem Opiniao ...
Comentário:
O Hospital de Chaves não têm condições para crear uma Unidade Local de Saude, por que não têm os recursos técninos e humanos que garantam o atendimento necessários para isso.Os Médicos levam trabalhando urgencias a triplicar e ver doentes a duplicar desde há vários anos para manter ao Hospital,aguardando pelas novas gerações de médicos que comenzaram a chegar.São precisas muitas mudanças para que este projecto viável. É uma irresponsabiliadade política querer crear o que seja, sem condiçoes. Vai passar a ser o Hsopital de Chaves um Centro de Saude com direito a internamento ou vai progredir para um Hopital do Século XXI?. Mesmo se recursos os especialisatas da Unidade de Chaves, conseguiram dentro do Centro Hospitalar, ter o reconhecimento da Joint Commission International em 2010. Será que os professionais deveríam ser ouvidos alguma vez.
 


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