Arquivo: Edição de 11-02-2011
Em causa parque de estacionamento que não sai do papel Comerciante culpa Câmara por diminuição da clientela
A constante perda de clientela provocada pela “onda” de multas que nos últimos tempos tem varrido os automobilistas que estacionam em frente ao prédio onde tem instalado o seu negócio, está a levar o proprietário da Pastelaria Chaves, José Carvalho, ao desespero. “Já tive de despedir uma pessoa e se isto continua vou ter de despedir os restantes sete empregados”, garante o comerciante, que culpa a autarquia pela situação, na medida em que o parque de estacionamento que há anos está projectado para aquela área continua por fazer. “Eu já cheguei a apresentar um projecto do parque, mas não me deram resposta. Informalmente, disseram-me que, para já, não havia verba, e eu acredito, mas, então, se não podem solucionar o problema, pelo menos que falem com a polícia para que seja mais tolerante”, clama o comerciante, garantindo que “assim não pode continuar”. “Às vezes, as pessoas saem com o pastel na boca, porque o polícia já está a multá-los”, lembra José Carvalho. Confrontado com o descontentamento do comerciante, o presidente da Câmara, João Batista, garante que o projecto do parque está concluído e que a obra está orçamentada. “Contamos fazê-lo já este ano”, assegura Batista. Quanto às multas, Batista lembra que “não pode pedir à PSP que não cumpra a Lei”, mas garante que já solicitou que “seja feita a distinção entre quem estaciona ali apenas para tomar um café ou deixa o carro todo o dia”. “Que fique claro que só pedimos à PSP para ser rigorosa com a questão dos parquímetros, não por causa das receitas, mas sim porque o que se verificava era que não havia rotação de carros. Agora, há lugares”, afirma João Batista. De acordo com o autarca, o parque em causa, “com estacionamento em espinha”, terá capacidade para 40 a 50 carros.
Por: Margarida Luzio |
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