Arquivo: Edição de 04-02-2011
Por causa do gelo que se forma no piso Gelo na Praça General Silveira provoca quedas
José Carneiro (Mêncio) vende cautelas na Praça General Silveira, em pleno centro da cidade, mas nos últimos dias tem se visto obrigado a fazer papel de socorrista. Com as geadas que têm caído, o piso da praça torna-se muito escorregadio e o cauteleiro já perdeu a conta aos tombos a que assistiu nos últimos tempos. Só na terça-feira, viu cair 5 pessoas. “Uma senhora levava um bebé, mas, por sorte, ficou-lhe nos braços. Eu cheguei a pensar que tinha partido uma perna, disse-lhe para não se mexer e fui-lhe tocando, para ver onde estava dorida, mas, felizmente, não tinha nada par-tido”, contou, ao Semanário TRANSMONTANO, José Carneiro. A queda da segunda pessoa que socorreu foi mais grave. “Caiu como morta. Os pés escorregaram-lhe para a frente e ela caiu para trás. Trouxe-a para o café, dei-lhe um copo de água morna com açúcar e pedi umas pedras de gelo para lhe pôr na cabeça”, explica o cauteleiro. Na manhã seguinte, um outro frequentador habitual da praça, garantiu que viu cair duas pessoas. “Qualquer dia morre aqui alguém”, comentou. Confrontando com o perigoso estado do piso da praça, diariamente atravessada por dezenas de pessoas que se dirigem aos Correios ou à Biblioteca, por exemplo, o presidente da Câmara de Chaves, João Batista, prometeu “tomar nota” da situação e alertar os serviços de protecção civil para que o local seja sinalizado, no sentido de evitar que as pessoas atravessem a praça, pelo menos durante a manhã. Além disso, o autarca garantiu que, “mal a Câmara possa”, o piso será alterado. De acordo com o autarca, como se trata de uma obra “financiada”, só passados cinco anos após a sua conclusão pode ser alvo de obras, sob pena de a autarquia ser obrigada a devolver os fundos que recebeu. “Julgo que falta um ano. Até lá, teremos que nos valer da sinalização”, concluiu João Batista. Por: Margarida Luzio |
|
||||||
|
||||||
|
||||||