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Edição de 13-05-2011
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Chaves

Centenas de pessoas solidárias com menino que precisa de transplante de medula

Amanhã, a equipa do Centro de Histocompatibilidade do Norte vai fazer noca recolha nos Bombeiros Flavienses
Amanhã, a equipa do Centro de Histocompatibilidade do Norte vai fazer noca recolha nos Bombeiros Flavienses
Superou todas as expectativas a campanha de recolha de medula óssea realizada, no passado domingo, em Chaves, para encontrar um dador compatível com um menino de sete anos que necessita de um transplante. Os kits de recolha de sangue esgotaram. Amanhã, a acção vai repetir-se.

Gilberto, natural de Boticas, “quase desmaia” quando dá sangue, mas domingo atirou com o medo atrás das costas. Mesmo depois de enfrentar uma fila enorme entrou sorridente na sala dos Bombeiros Voluntários Flavienses, onde a equipa do Centro de Histocompatibilidade do Norte estava a proceder à recolha do sangue. Mas, à cautela, ainda preveniu a técnica que costuma desmaiar e que, se calhar, era melhor que a recolha fosse feita com ele deitado. Não havia aonde. “São três tubos? Isso é muita coisa?”, reclamou, de braço estendido. “Não é nada! Daqui a duas horas está na mesma e já pode ir dar uma corrida”, acalmou-o a técnica. Tal como Gilberto, foram centenas as pessoas que se deslocaram ao quartel dos bombeiros flavienses para “ajudar o Igor”, uma criança de sete anos que tem síndrome mielodisplásica, uma doença relacionada com o mau funcionamento da medula óssea, um tecido esponjoso, também conhecido por tutano, que se encontra no interior dos ossos e que é responsável por fabricar células sanguíneas. A adesão da população superou todas as expectativas. Cerca das 15h00, a uma hora do fim da acção, havia ainda uma extensa fila de gente que, ao frio, aguardava vez. Em vão. Pouco depois, chegou a informação que os mil kits de recolha tinham acabado. A mãe de Igor mostrava-se comovida com o nível da adesão. “Sabia que ia ter bastante afluência, mas não de tanta gente. Julgo que tem a ver com o facto de ser uma pessoa da terra”, disse Elisabete Silva.

Hoje, no mesmo local e à mesma hora, a acção de recolha de sangue para encontrar um doador compatível com Igor vai repetir-se.

A suspeita da doença de Igor foi diagnosticada no início de Dezembro, numa ida à urgência do Hospital de Chaves e depois de a criança se revelar sempre muito cansada.

O que é a medula óssea?

É a fábrica do sangue. fica dentro dos ossos e produzem-se lá os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Há doentes que têm a sua fábrica do sangue tão doente que precisam de a substituir por outra, precisam de fazer um transplante de medula.

O que é necessário para se ser dador de medula óssea?

Preencher o inquérito clínico, depois do inquérito ser analisado será colhida uma amostra de sangue para análises em que serão então estudadas as características tecidulares que vão permitir a comparação ulterior com os doentes que necessitem de transplantação. Depois desta fase o dador é inscrito na base de dados do Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (Cedace) e aguarda que algum dia haja um doente igual.

Como é feita a colheita de células de medula óssea?

A colheita de medula óssea poderá ser feita de duas formas diferentes. Por uma técnica chamada citaferése, na qual é possível colher as células a partir de veias periféricas no braço, num processo rápido e simples. O sangue retirado da veia do dador passa através de um aparelho que remove apenas as células necessárias para o transplante, devolvendo as restantes. Na outra forma a colheita é feita no bloco operatório, sob anestesia, por punção dos ossos da bacia. Neste caso há que recorrer a um pequeno internamento de cerca de 24 horas. Não tem riscos para além da pequena anestesia a que é sujeito. O dador poderá sempre optar pela forma de colheita e a qualquer momento pode continuar ou desistir.

(Informação retirada do sítio na Internet do Centro de Histocompatibilidade do Norte)

Por: Margarida Luzio


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