Arquivo: Edição de 28-01-2011
Tiradas“Portugal, de norte a sul, tem exemplos de verdadeira heroicidade. Poderíamos falar de comércios que ainda não trocaram o livro dos «fiados», pelas máquinas automáticas de apresentar o talão do pronto pagamento, também conhecido pelo «toma lá, dá cá». Como poderemos referir-nos às tascas, e mercearias que funcionam com a mesma filosofia de vida, como funcionavam há 50 ou 60 anos, quando apenas se pagava ao fim de cada mês, no dia em que o chefe de família recebia a jeira que ia direitinha do patrão para o merceeiro. Outros tempos, outras mentalidades, outra gente. Ninguém discutia contas, ninguém desconfiava de nada, pelo contrário, valia mais a palavra do que o papel.”. Barroso da Fonte A Voz de Trás-os-Montes, 20/01
“Vimos assistindo a mais uma campanha eleitoral, desta vez para a presidência da república. Confesso que não a tenho acompanhado de perto, apenas pelos flashes noticiosos da rádio e da televisão. Mas o suficiente para me deixar profundamente desiludido, pela ausência de debate sério e mobilizador para os portugueses, neste momento tão descrentes no futuro do País. Se dúvidas ainda houvesse bastaria atentar aos níveis de audiência dos debates televisivos com os diversos candidatos para vermos o real interesse dos cidadãos e para verificarmos o quão maior é o divórcio entre os eleitores e a classe política!”. Adriano A. Pinto de Sousa Ibidem
“Volto à carga com a vertente introdutória sobre a penosa e não menos penoso acompanhamento mediático da campanha eleitoral. Como é hábito nestas coisas, os jornais e comentadores construíram a ideia de que esta campanha eleitoral tem sido caracterizada por uma inocuidade de assuntos e de visões sobre o futuro do país. Devem ter razão. No entanto, não consigo encontrar grandes diferenças para outras campanhas presidenciais. Apesar de tudo, fica sempre alguma coisa.”. José Ricardo Ibidem
“Pode não se gostar do Primeiro-Ministro, por tudo aquilo que tem feito ou por tudo aquilo que fez mal. Não se pode concordar com tudo o que ele tem posto em prática. Pode até concordar-se que foi um dos principais responsáveis pelo estado a que o país chegou. Mas há uma coisa que ninguém lhe pode negar. Sócrates é um activista. É frenético, eléctrico, não pára. O homem hoje está em Lisboa, amanhã está em Bruxelas e no dia seguinte está nos Emiratos Árabes a vender a dívida a chamar empresas e investimentos.”. Caseiro Marques 26/01 |