Arquivo: Edição de 28-01-2011
EfeméridesFoi no dia 1 de Janeiro de 1844 que nasceu em Castedo, Alijó; José Joaquim Lopes Praça. Em 1869 licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Exerceu o ensino liceal em Montemor-o-Novo, onde veio a ser provedor da Santa Casa da Misericórdia, cargo que também desempenhou em Viseu e Lisboa, antes de iniciar, em 17 de Janeiro de 1882, a carreira de professor na faculdade onde se formara, tendo ganho o concurso com o estudo O Catolicismo e as Nações Católicas. Das Liberdades da Igreja Portuguesa. Ainda estudante publicou História da Filosofia em Portugal, 1868, a primeira do seu género no País. Entre outras obras escreveu também: Ensaio sobre o Padroado Português, 1869, Vida e Milagres de S. João de Deus, 1871, e Colecção de Leis e Subsídios para o Estudo Constitucional Português, 1893-1894, em dois volumes. Morreu em Montemor-o-Novo no dia 3 de Janeiro de 1844.
Foi no dia 4 de Janeiro de 1289 que o rei D. Dinis outorga à Vila Real de Panóias (ou Panonias) um foral destinado a mil povoadores, concedendo-lhes termos, direitos, courelas e um casario, dentro do castelo, para quantos lá puderem caber. Fica assim ratificada a carta de aforro de 1272 concedida por D. Afonso III, que, por sua vez, dinamizava o povoamento de Constantim que o conde D. Henrique, no dealbar da Nacionalidade, em 1096, tinha fundado. Mais tarde D. Manuel I, em 1515, ainda sem ter a população de “mil probadores”, concedeu novo foral. Nesta data já Vila Real de Panóias era o centro de um vasto território que teria fronteiras líquidas os rios Tua, Teixeira e Douro, e onde tanto o culto dos deuses como o poderio militar eram romanos.
Foi no dia 6 de Janeiro de 1838 que nasceu em Bragança, Manuel Emídio Garcia. Após fazer os primeiros estudos na sua terra natal, frequentou o Liceu de Coimbra e, posteriormente a Universidade, onde se formou na Faculdade de Direito, em 1862. Dois anos depois era professor na mesma Faculdade e, em 1873, passou a professor catedrático. Regeu as cadeiras de Direito Administrativo, Público e Criminal. Foi em Portugal o mais entusiástico representante do positivismo no domínio filosófico-jurídico. Fundador da Associação Liberal, foi proposto para deputado republicano em 1881. Dedicou-se ao jornalismo, tendo travado notáveis polémicas, sobretudo com Rodrigues Sampaio. Já desde 1859 que frequentava as reuniões promovidas pela revista O Instituto, em Coimbra, onde foi reconhecida a sua inteligência e capacidade oratória. Colaborou na Correspondência de Coimbra, Partido do Povo, Positivismo, Gazeta de Portugal, O Bem Público, Correio do Sul, A Ordem, Progresso Católico, A Esquerda Dinástica e Comércio Português. Entre outros estudos, publicou Estudo sobre a Legislação das Águas, 1862, e Estudos Históricos – O Marquês de Pombal, 1869. Morreu em Lisboa no dia 15 de Outubro de 1904.
Foi no dia 7 de Janeiro de 1985 que morreu no Porto, José Maria Pedroto. Tinha nascido em Almacave, Lamego no dia 21 de Outubro de 1928. Iniciou a carreira de futebolista no Futebol Clube do Porto na época de 1942/43, representando depois o Leixões, Lusitano de Vila Real, Belenenses, regressando depois ao F.C. Porto em 1952, onde terminou a sua carreira de jogador no dia 29 de Março de 1959, tendo ajudado o clube a conquistar dois títulos nacionais e uma Taça de Portugal. Médio de ataque alinhou 16 vezes pela Selecção Nacional, tendo sido considerado, em 1956, o futebolista do ano. Enveredou pela carreira de treinador, e mudou totalmente a mentalidade do jogo, formando campeões natos pelos clubes por onde passou e também pela Selecção Nacional. Treinou o Varzim (1955/56), Académica (1962/64), Leixões (1964/65), Vitória de Setúbal (1969/74), Boavista (1974/76), Vitória de Guimarães (1980/82) e F.C. Porto (1976/80); 1982/84), a quem proporcionou as faixas de campeão nacional em 1977/78 e 1978/79. Responsável pela Selecção Nacional em 1969, a ela esteve ligada quase sempre como técnico, até 1979.
Foi no dia 11 de Janeiro de 1725 que nasceu António Francisco de Paula Manuel de Sousa Meneses, 5º. conde de Vila Flor, por carta de 9 de Novembro de 1753. Pertenceu ao Conselho Ultramarino, tendo sido empossado no lugar de vogal em 15 de Março de 1769, conforme o Livro dos Autos de Posse, de Marcelo Caetano, 1967. Foi governador e capitão-general de Pernambuco, e participou na guerra de 1762, com o posto de marechal-de-campo. Morreu no dia 29 de Setembro de 1791.
Foi no dia 25 de Janeiro de 1679 (ou 1680) que nasceu Francisco de Paula de Portugal e Castro, 8º. conde de Vimioso, desde 13 de Dezembro de 1681, legitimado por D. Pedro II. Era também 2º. marquês de Valença. Pertenceu ao Conselho de Estado e foi mordomo-geral da rainha D. Maria Ana de Áustria. Era senhor da Casa de Basto e donatário da capitania do Machico, na Madeira. Morreu no dia 10 de Setembro de 1749.
Foi no dia 30 de Janeiro de 1880 que nasceu na Casa do Condado, Vila Pouca de Aguiar; Henrique Ferreira Botelho. Nos primeiros anos da sua vida viveu em Vila Real, onde fez os seus primeiros estudos. Após os ter terminado, com distinção, seguiu as pisadas de seu pai, Henrique Manuel Ferreira Botelho (1845-1909), e matriculou-se na Escola Politécnica de Lisboa, transitando para a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Concluído o curso, com assinalável êxito, iniciou na capital a sua carreira como médico Militar. Após este período regressou a Vila Real, e foi cirurgião no hospital onde trabalhava o pai, sendo considerado “o instituidor da cirurgia em Vila Real”. No hospital criou a enfermaria pediatra e a de parturientes. Foi capitão-médico do Regimento de Infantaria 13 e do Hospital Militar. Na área social destacou-se, coadjuvando o Bispo de Vila Real, D. João Evangelista Lima Vidal, na fundação das “Florinhas das Neves”, para protecção de raparigas desamparadas, ainda em funcionamento. Fundou e foi o primeiro director clínico do “Ninho dos Pequeninos”. Destacou-se na área cultural como conferencista, colaborador na imprensa, e ocupou vários cargos de direcção e de muitas comissões e organismos existentes na região transmontana. Interessado pela política, já em Lisboa, nos tempos de estudante, integrou-se nos círculos republicanos. Após a implantação da República filiou-se, em Vila Real, no PRP. Em Janeiro de 1911 era presidente do Conselho Fiscal do Centro Republicano Augusto César. Amigo de Brito Camacho, aderiu à União Republicana (UR), após a cisão do PRP. Com o desaparecimento da UR aderiu ao Partido Liberal. Foi presidente da Junta Geral de Distrito de Vila Real, em 1918, e, por duas vezes, muito embora por pouco tempo, Governador Civil; em 1921 e 1922. Morreu em Vila Pouca de Aguiar no dia 30 de Janeiro de 1954.
Américo Brito
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