Arquivo: Edição de 21-01-2011
Assembleia-Geral não trouxe novidades Futebol - Grupo Desportivo de Chaves: Mário Carneiro continua até ao acto eleitoral
Um dos temas mais abordados na Assembleia-Geral foi, como não podia deixar de ser, a notícia vinda a público sobre o pedido de insolvência interposto pelo antigo jogador do Chaves, Sérgio Jorge. Mário Carneiro, numa primeira fase, deixou que as explicações aos associados fossem dadas por Pinto Barros, o presidente da Mesa da Assembleia-geral, que garantiu que “ao clube ainda nada chegou”. Além disso, referiu que a ser existir o pedido “não é uma situação de uma gravidade extrema”. “Mesmo que isso venha a acontecer o clube tem sempre tempo para contestar ou até mesmo recorrer. Não creio que seja uma situação de vida ou de morte, pois o clube não terá de fechar de imediato, mas o que é certo é que ao clube nada chegou”, disse Pinto Barros. Mário Carneiro confirmou que “o clube de nada sabe”, admitindo, no entanto, que o Chaves perdeu em Tribunal um caso com Sérgio Jorge, o líder da Comissão de Gestão do Desportivo de Chaves. Depois, acusou os jornalistas se empolarem a situação que o clube vive. “Os jornalistas, alguns deles da terra, e que se dizem amigos do clube, é que gostam de empolgar as situações. Falam e escrevem sobre a vida do clube, vá lá saber-se porquê, como se fosse uma conversa de café. Nos órgãos de comunicação social de outras terras nunca vimos o clube da terra a ser atacado, bem pelo contrário”, comentava Mário Carneiro. No entanto, o Semanário TRANSMONTANO (ST) sabe que o pedido de insolvência interposto por Sérgio Jorge é um facto. O processo foi distribuído ao 1º Juízo do Tribunal de Chaves, tendo lhe sido atribuído o nº 54/11.4TBCHV. Além disso, o ST sabe que no mesmo tribunal, mas no 2º Juízo, entrou também um pedido de execução de dívida da EDP. No tribunal de Setúbal terá entrado igualmente um pedido de execução de dívida entreposto pelo treinador Formosinho. Mas este não foi o único assunto discutido. Também se falou muito das graves dificuldades financeiras do Clube. Mário Carneiro garantiu, no entanto, que são passíveis de se resolver. "Se os sócios pagarem as quotas temos todas as condições para resolver a actual situação", referiu. Neste momento, "o Desportivo de Chaves recebeu 65 mil euros em quotas, mas tem 187 mil euros em atraso, o que dificulta a gestão", acrescentou. Durante a AG, que contou com mais de 150 associados, Mário Carneiro afirmou ainda que o objectivo do clube continua a ser a subida de divisão. No entanto, fez questão de referir que “se os sócios não quiserem assumir o seu papel, então, o clube poderá mesmo fechar portas". Os ordenados em atraso ao plantel sénior também foram motivo de discussão, mas aqui Mário Carneiro foi claro. “Nós não podemos estar a prender os jogadores, sabemos que se não podemos cumprir até ao final deste mês, eles podem sair”, afirmou, esperançado que a situação se possa resolver este mês. O objectivo de Mário Carneiro era sair já do clube, mas o presidente da AG “obrigou-o” a permanecer em gestão, até ao novo acto eleitoral, “para fazer cumprir os estatutos”. As eleições têm obrigatoriamente de decorrer no primeiro trimestre deste ano.
Jogar em Vidago pode ser a solução
O Desportivo de Chaves pondera utilizar o sintético de Vidago para os jogos em casa. Segundo os responsáveis do clube, que acreditam que a subida ainda é possível, o mau estado está a prejudicar a equipa e já fez com que perdesse pontos. No passado domingo, os flavienses deram um passo importante no sentido da manutenção, ao ganharem, por três bolas a duas, no reduto do Ribeirão.
Por: Paulo Silva Reis |
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