Arquivo: Edição de 21-01-2011
Campanha de recolha vai decorrer dia 30 Menino de 7 anos precisa de transplante de medula óssea
No dia 2 do passado mês de Dezembro a vida de Elisabete e Celso Silva deu uma reviravolta. O casal, residente em Chaves, descobriu que o filho de sete anos tinha síndrome mielodisplásica, uma doença relacionada com o mau fun-cionamento da medula óssea, um tecido esponjoso, também conhecido por tutano, que se encontra no interior dos ossos e que é responsável por fabricar células sanguíneas. “Muitas pessoas julgam que é leucemia, mas, felizmente, ainda não o é. Demos conta logo no início!”, explica a mãe de Igor, Elisabete Silva. A suspeita da doença foi descoberta na urgência pediátrica do Hospital de Chaves. “O menino sentia-se muito cansado, já não queria ir ao futebol e na escola queixava-se de dores de cabeça. Foi, então, que o levei à urgência”, recorda a mãe. Igor foi encaminhado para o Hospital Maria Pia, no Porto, onde repetiu as análises que fizera em Chaves e fez outros exame. No entanto, só depois de mais exames realizados no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto a doença foi diagnosticada definitivamente e dito aos pais que o filho tinha de fazer um transplante de medula. “Até aí não havia resultados concretos”, lembra Elisabete. E foi no regresso a Chaves, ao comentar com os amigos, que surgiu, então, a ideia de promover, em Chaves, uma campanha de recolha de medula, através do Centro de Histocompatibilidade do Norte. A brigada deste organismo estará, assim, em Chaves, no próximo dia 30, na sede dos Bombeiros Flavienses. A recolha de sangue decorrerá entre as 10h00 e as 16h00. A divulgação da campanha e os apelos à adesão da população têm-se multiplicado pelos mais diversos meios. “Felizmente, a campanha tem sido muito divulgada”, anota Elisabete Silva. Agora, todas as esperanças estão depositadas no próximo dia 30. “É uma angústia constante. Foi enquanto não soubemos ao certo qual era a doença e só vai acabar quando conseguirmos que ele fique curado”, conclui a mãe de Igor.
Por: Margarida Luzio |