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Edição de 13-05-2011
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Arquivo: Edição de 14-01-2011

Macedo de Cavaleiros

Câmara não confirmou nem desmentiu a falta de pagamento

Empresário manifestou-se em frente à Câmara por causa de dívida

António Leitão denunciou não só a alegada dívida da Câmara à sua empresa como a outros empreiteiros
António Leitão denunciou não só a alegada dívida da Câmara à sua empresa como a outros empreiteiros
Na sexta-feira da semana passada, um empresário, de Bragança, da área da transformação e comércio de mármores e granitos (Sopedra), manifestou-se, em frente à Câmara, para denunciar a alegada existência de dívidas da autarquia a si e a outros empreiteiros. Em resposta à imprensa, um vereador da Câmara nem confirmou nem desmentiu a dívida e recusou pronunciar-se sobre casos particulares. Indignado, na segunda-feira, o empresário foi à reunião da Câmara para provar que não é “mentiroso”.

Na sexta-feira da semana passada, o empresário da Sopedra, de Bragança, António Leitão, decidiu denunciar, em público, em frente ao edifício dos Paços do Concelho de Macedo de Cavaleiros, a alegada existência de dívidas da autarquia, não só para consigo, mas sobretudo para com os empreiteiros de construção civil a quem o empresário terá alegadamente fornecido materiais de construção para aplicar em obras da responsabilidade da Câmara Municipal. O dito empresário, que é muito conhecido em Macedo de Cavaleiros por ter sido aqui que montou o seu primeiro negócio de transformação e comércio de mármores e granitos, na década de 70 (logo após a descolonização de Moçambique, onde possuía uma empresa de transformação e comercialização de mármores), e onde manteve o mesmo, por mais de 20 anos, alegava então que a dívida da autarquia de Macedo, para consigo, não ultrapassava os 484 euros, mas que alegadamente haveria dívidas de cerca de 20 mil euros, por parte da mesma entidade, para com os empreiteiros que construíram o parque de estacionamento do novo Centro Escolar de Macedo, cujos materiais teriam sido fornecidos pela SOPEDRA, e os quais ainda não lhe terão sido pagos porque a autarquia também ainda os não terá pago aos empreiteiros. Na resposta a esta denúncia, o vereador Carlos Barroso terá prestado, a alguns órgãos de informação, declarações que António Leitão considerou “falsas”, tendo o alegado facto motivado já, por parte do dito empresário, uma carta ao Jornal de Notícias. Das declarações, o empresário depreendeu também que o vereador o tinha intitulado de “mentiroso”, sendo este o motivo que o levou a comparecer na reunião de Câmara, da segunda-feira passada. Com esta presença, o empresário quis, não só explicar a motivação da sua “revolta” pela situação que foi criada, a qual diz poder colocar em causa alguns postos de trabalho na sua empresa, mas também manifestar a sua “indignação”, visto que jamais alguém ousara chamar-lhe “mentiroso”. Apesar de várias tentativas, o Semanário TRANSMONTANO (ST) não conseguiu chegar à fala com o vereador Carlos Barroso. No entanto, o ST sabe que em declarações à imprensa, na sequência da manifestação do empresário, o autarca terá alegado que não comentava dívidas em “particular” e que o objectivo da autarquia é cumprir com os prazos estabelecidos. Além disso, Carlos Barroso ter-se-á mostrado surpreendido com a atitude do empresário, tendo referindo, no entanto, que o espaço onde a manifestação decorreu “é um espaço público, de liberdade e de democracia e que qualquer pessoa pode manifestar-se”.

Por: João Branco

Comentários a esta notícia

João José Cardoso Branco joaojbranco@gmail.com
Gostei: Muito Concordo: Plenamente
Comentário:
Muito boa sua reportagem,estou vendo que não é so aqui que existe falcatruas.
 


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