Arquivo: Edição de 07-01-2011
Marcada nova Assembleia-Geral extraordinária Futebol da II Divisão: Mário Carneiro diz que só estará à frente do Chaves até dia 18
A grave situação económica que o clube atravessa, o facto de até os associados terem a sua quotização em atraso e o não ver ninguém a disponibilizar-se para ajudar, levou à convocatória da Assembleia-geral extraordinária, que Mário Carneiro espera “que seja concorrida”. “O clube não é o Mário Carneiro. Era bom que as pessoas se consciencializassem disso e comparecessem no local certo para discutir os problemas, os verdadeiros problemas do clube”, comentou. Apenas em gestão, desde a famosa Assembleia-geral de 19 de Julho de 2010, para onde entrou como vilão e acabou por sair herói, que as coisas não têm sido fáceis para o homem que lidera o Desportivo de Chaves. Com salários em atraso a atletas, treinadores, incluindo os da formação, funcionários e com os prémios de presença na final da Taça de Portugal, a que os jogadores dizem ter direito, por pagar, arrancar para a nova temporada estava-se a tornar “missão impossível”. Os sócios também não perdoaram ao líder a descida de divisão, nem mesmo tendo sido com ele que o Clube fez história, ao ter chegado à final da Taça. Foi, aliás, neste contexto que um grupo de associados se lançou na angariação das cem assinaturas necessárias para a realização da tal histórica Assembleia-geral extraordinária, realizada em Julho de 2010, onde iam apresentar uma moção de censura para o destituir do cargo. Na altura, Mário Carneiro antecipou-se e demitindo-se mesmo antes da moção ser votada. Dando cumprimento aos estatutos, o presidente da AG, Pinto Barros, convocou uma nova AG, onde deveria ser apresentada uma Comissão Administrativa, composta por cinco elementos, para gerir os destinos do clube, mas nem Pinto Barros, nem nenhum associado apresentou comissão alguma. Pinto Barros chegou a dar a AG por encerrada, dizendo que iria entregar as chaves do clube na autarquia. No entanto, um grupo de sócios não terá gostado da ideia e alertou que isso iria pôr em risco o funcionamento das camadas jovens. Perante o alerta, Pinto Barros sugeriu que o demissionário Mário Carneiro continuasse a liderar o Desportivo até à apresentação de uma CA e foi assim que Mário Carneiro viu a sua posição reforçada e passou de vilão a herói. No entanto, a verdade é que desde então, os problemas se agravaram. E, por isso, a decisão da nova AG. A questão desportiva, já a sete pontos da liderança, também não está fácil, pois com jogadores ausentes, como é o caso de Rafael e de Índio, que foram passar o Natal ao Brasil e, por questões burocráticas, ainda não voltaram, e sem poder inscrever mais ninguém, pois o processo de Carlos Pinto impede a inscrição de novos atletas, o início do novo ano avizinha-se difícil. Até os atletas que neste momento integram o plantel são livres e podem sair se a situação não se resolver.
Por: Paulo Silva Reis |
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