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Edição de 13-05-2011
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Arquivo: Edição de 07-01-2011

Boticas

Jovem foi detido horas depois pelo NIC da GNR de Chaves

Idosa foi golpeada e trancada no armário durante assalto

Ana Sanches diz que nunca há-de esquecer o dia do assalto
Ana Sanches diz que nunca há-de esquecer o dia do assalto
Encapuzado e de navalha em punho, um jovem assaltou, na passada terça-feira, uma idosa que se encontrava só em casa, na aldeia de Atilhó, em Boticas. Durante o assalto, feriu-a numa mão e trancou-a num guarda-roupa. Horas depois, acabou detido. O ouro e o dinheiro roubados foram recuperados.

A irmã que tem em Chaves fartava-se de a avisar: “Ana, tranca as portas que a ladronagem também já anda pelas aldeias!”. Mas Ana, de 68 anos, nunca lhe deu ouvidos. Terça-feira, o receio da irmã cumpriu-se e Ana apanhou o susto da sua vida. Eram cerca de 09h30. Ana estava só. O marido tinha ido para feira para Boticas e o neto que tem à sua guarda para escola. Ana estava a fazer as camas. Quando saiu para o corredor foi surpreendida por um homem de cara tapada. “Conforme dei de caras com ele, empurrou-me para dentro do quarto, meteu-me no guarda-vestidos, fechou a porta e empurrou a cama contra o armário”, lembra Ana, ainda sem conseguiu deixar de tremer. Os cortes nas mãos terão sido feitos logo no início. “Ele vinha com a navalha, ou para a cara ou para o pescoço, e eu meti--lhe as mãos para me defender”, recorda a idosa, lembrando ainda as únicas palavras que o assalte lhe dirigia: “Está caladinha. Nem piar, se não mato-te!”. O jovem terá permanecido na casa durante uma hora. Remexeu tudo. “Quando já não via mais nada que lhe agradasse, abriu a porta do armário e tirou-me o fio e as argolas de ouro”, conta Ana, que, quando o ladrão foi embora, empurrou a porta do armário e conseguiu sair. “Fui com o dedo a pingar sangue rua fora para pedir auxílio”. Acabou socorrida por familiares, que a transportaram ao hospital e avisaram as autoridades.

O ladrão acabou detido horas depois pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Chaves. Vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

Ao que foi possível apurar, o jovem mora, sozinho, na aldeia, e já estará referenciado por outros assaltos e por consumo de drogas. Durante a manhã, terá sido visto junto à paragem do autocarro, onde terá percebido que o marido de Ana ia para a feira. Na busca à residência do suspeito, além do ouro, do dinheiro e a da caçadeira legalizada roubados na casa de Ana, o NIC apreendeu ainda outros objectos, fruto de outros assaltos.

No próprio dia do assalto, já ao anoitecer, o jovem foi levado novamente à casa de Ana Sanches, para uma reconstituição do crime. O procedimento é, por norma, feito numa fase posterior. No entanto, ao que foi possível apurar, terá sido feito no próprio dia porque o jovem se mostrou “colaborante”.

Por: Margarida Luzio


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