Semanário Transmontano

Imprimido em 27-06-2011 17:49:54
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SECÇÃO: Valpaços

Desaparecimento foi notado cerca das 7h30 de domingo
Idoso fugiu de unidade de apoio pela saída de emergência

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Antero Pereira desapareceu da Unidade de Apoio Integrado dominho de manhã
Um idoso de 87 anos que se encontrava internado na Unidade de Apoio Integrado da Misericórdia de Valpaços está desaparecido desde domingo de manhã. Antero Pereira, doente de Alzheimer, terá fugido por uma saída de emergência, sem deixar rasto.
À data de fecho desta edição (quarta-feira) as buscas, levadas a cabo por um batalhão de GNR’s, bombeiros e funcionários da instituição, tinham-se revelado infrutíferas. No primeiro dia, o idoso foi procurado, sobretudo, nas imediações da unidade, mas depois, as buscas foram alargadas ao longo do percurso entre a instituição e aldeia natal do idoso, Veiga de Lila, num total de cerca de 12 quilómetros.
O desaparecimento terá sido notado por volta das 7h30. De acordo com a directora técnica da unidade, Zélia Vasco, depois dos cuidados de higiene, o idoso foi levado para a sala de convívio e “imobilizado [no cadeirão] com um lençol” para evitar que “andasse permanentemente de um lado para o outro e a empurrar as coisas”. Apesar de ser uma pessoa “muito doce e meiga”, segundo Zélia Vasco, o utente estaria, por causa da doença, “muito desorientado”. “Andava sempre a dizer que queria ir ter com a mãe, que, obviamente, já morreu”, explicou a directora técnica.
No domingo, presume-se que terá sido um desses ímpetos que o terão levado libertar-se do lençol e a fugir por uma das portas de emergência. “Apesar de, para prevenir estas situações, termos colocado fechos, deduzimos que ele tenha conseguido abri-los com a ajuda da bengala”, explicou Zélia Vasco, lembrando que, segundo a sobrinha do idoso, já era normal ele fugir. Os actuais 15 utentes da Unidade de Apoio Integrado, um equipamento gerido pela Misericórdia, com financiamento da Segurança Social e do Ministério da Saúde, ficam, durante a noite, ao cuidado de apenas uma funcionária. Zélia Vasco garante, porém, que “não se justificam duas fun-cionárias”, porque dos 15 utentes “existem apenas 3 ou 4 situações de doentes com alzheimer”, além de que, afiança, aquando da fuga do idoso já estavam ao serviços as funcionárias do turno da manhã. Contactado pelo Semanário TRANSMONTANO, o coordenador do Centro Distrital de Segurança Social recusou comentar a relação entre o número de funcionários e utentes, revelando apenas que “já estavam a ser feitas diligências para ver se todas as medidas de prevenção foram tomadas”.
Antero Pereira estava há cerca de quatro meses na unidade. Já tinha alta para ir para casa, mas tal ainda não tinha acontecido porque a única familiar do idoso, uma sobrinha, não teria condições para o alojar. De acordo com Zélia Vasco, o idoso estaria a aguardar uma vaga social num lar.

Por: Margarida Luzio

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