Imprimido em 23-06-2011 05:35:53
Semanário Transmontano
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SECÇÃO: Opinião
Contra Ventos e Marés
Coloquemo-lo no altar da redenção
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rritam-me algumas tiradas apologéticas a favor de José Sócrates desde que o homem pediu a demissão (a matilha, apesar de tudo, irá cerrar fileiras e promete luta sem quartel na disputa das eleições). Saber que os portugueses viram os seus ordenados amputados e as pensões reduzidas; saber que caíram no desemprego milhares e milhares de pessoas; saber que encerraram milhares de fábricas; saber que se despediram pessoas; saber que aumentaram os bens de primeira necessidade; saber que tem aumentado o IVA, o IRC enquanto se reduzem as prestações sociais, os benefícios fiscais, etc; saber que este primeiro-ministro despoletou várias polémicas no seu consulado, a começar com a polémica da licenciatura, leva-nos a pensar que o seu pedido de demissão foi uma questão de higienização. Por sua vontade nunca sairia do governo, julgando-se um predestinado. Mas, o que aí vem, será melhor e aliviará os portugueses? Passos Coelho, se calhar o “irmão gémeo” de Sócrates quanto a políticas a seguir, já foi dizendo “que não promete que não aumente os impostos”…Esta afirmação não augura nada de bom. Será mais do mesmo que aí vem? O que nos alivia é que não teremos de suportar mais a arrogância, o convencimento, o desplante e a irascibilidade do senhor Pinto de Sousa. Mas ler alguns comentários imbecis que nos dizem, por exemplo, que “José Sócrates foi o melhor primeiro-ministro dos últimos 100 anos” (como eu li num comentário online), leva-me a afirmar que só faltará lavar-lhe os pés, beatificá-lo, colocá-lo no altar, não esquecendo, de vez em quando, de o turificar. Para que as gerações futuras não esqueçam a sua coerência e o seu exemplar desempenho no governo.
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