Imprimido em 27-06-2011 22:16:12
Semanário Transmontano
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SECÇÃO: Macedo de Cavaleiros
Em causa estará dúvida sobre capacidade financeira da Câmara para fazer obra
Tribunal de Contas devolve pela 3ª vez processo da Central de Camionagem
Apesar da precariedade da actual paragem de autocarros, a nova central continua emperrada |
A construção da Central de Camionagem de Macedo de Cavaleiros foi novamente adiada. O Tribunal de Contas devolveu o processo, pela 3ª vez. A entidade fiscalizadora das contas públicas tem dúvidas sobre se a Câmara Municipal dispõe de recursos financeiros para avançar com a empreitada. Os vereadores da oposição temem agora “que tarde” a ser encontrado uma resolução para uma obra que ganhou contornos “de novela”. Da Câmara, não foi possível obter nenhuma justificação em tempo útil.
Depois de vários impasses, a começar pelo verificado em Julho do ano passado com a intenção manifestada pela Câmara Municipal de entregar a obra à empresa classificada em segundo lugar no concurso ( a Edimarco de Marco de Canaveses), alegando que à primeira classificada (a Multinordeste) faltou entregar uma certidão para completar o processo, e o relacionado com a aquisição dos terrenos para a sua construção, ultimamente tem sido o Tribunal de Contas a colocar os maiores entraves. No dia 29 do mês passado, a entidade fiscalizadora das contas públicas voltou a devolver o processo (e isso sucede, pela 3ª vez), facto que indicia que as explicações dadas pela autarquia sobre as formas de financiamento da obra voltaram a não convencer os juízes do Tribunal de Contas. Presume-se que em causa estará, entre outras justificações, o actual estado de endividamento da autarquia. Foi a falta de informação sobre esta questão e sobre os procedimentos atrás aludidos que levaram o vereador do Partido Socialista (PS) Rui Vaz a questionar o presidente da autarquia sobre o assunto, na reunião de Câmara da segunda-feira passada. O Semanário TRANSMONTANO também quis ouvir as explicações do presidente da autarquia sobre a matéria, mas a resposta que recebeu do seu gabinete foi de que Beraldino Pinto estava fora do concelho, em serviço.
Recorda-se que, tendo em conta a precariedade que revela o local de paragem dos autocarros (sem área coberta para acolher os passageiros e sem sanitários), a Central de Camionagem tem sido uma prioridade anunciada, desde 1999 pelos candidatos a presidentes da Câmara. No entanto, só em 2009 é que o concurso começou a ser organizado e só no Verão de 2010 é que a obra foi adjudicada. Entretanto, o presidente da Câmara tem, em diversas ocasiões, reiterado o propósito de avançar com a obra, nomeadamente em actos públicos em que interveio, como o da inauguração da Feira de S. Pedro do ano passado. No Boletim Municipal de Junho do ano passado, dava-se até relevo ao valor em causa (835 mil euros) e referia-se que o prazo de construção estabelecido para a obra seria de 300 dias, prazo esse que estará prestes a expirar.
Por: João Branco
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