Imprimido em 07-06-2011 05:43:35
Semanário Transmontano
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SECÇÃO: Opinião
Um olhar...
Quem percebe de política?
Pessoas próximas acusaram-me, com linguagem agastada e cínica, de eu não perceber nada de política. Verdade, verdadinha, como dizia a minha avó, é certo que eu de política nada percebo. Não sei como ludibriar as pessoas que lidam comigo, ao invés dos políticos que, percebendo “da poda”, sabem bem como enganar o povo. Eu consigo ser flexível nas minhas posições e, quando cedo perante novas ideias, não o faço com segundas intenções. Eu sou assertivo (capacidade de nos expressarmos aberta e honestamente, sem negarmos os direitos dos outros), os políticos não, são arrogantes, porque se acham donos da “vinha que podam”. Os políticos têm poder e lutam por ele pavoneando-se, mas escondendo os rabos. Eu e os milhares de portugueses que nada percebem de política alcançamos o poder que nos é devido, com actos, ideias sãs e trabalho honesto. Conquistamo-lo, querendo para os outros o mesmo que pretendemos para nós.
Claro que eu me considero um homem político! Aliás, quem o não é? Quem pensa, pode filosofar, exprimindo as suas opiniões, e é, por isso, um político genuíno. Quem confunde política com estratégia política é que percorre um mau caminho. Nós, vulgares cidadãos políticos, temos a responsabilidade de ensinar o caminho da verdade, para que Portugal seja um país sem fome e sem hipócritas.
(Este texto não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Por: António Joaquim Fortuna
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