Imprimido em 27-06-2011 19:27:05
Semanário Transmontano
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SECÇÃO: Região
UTAD vai fazer registo Internacional da patente
Vigor de uma videira pode ser determinado através de uma fotografia
O invento será registado internacionalmente |
Três professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criaram um programa informático que permite determinar o vigor de uma videira ou da árvore que produz kiwis, através de uma fotografia. A academia já iniciou o processo para o registo internacional da patente do invento.
Tradicionalmente, para avaliar o vigor de uma videira era necessário ir para a vinha com uma tesoura da poda e uma balança, cortar as varas, fazer a pesagem e depois estabelecer o cálculo manualmente. A partir de agora, e graças a uma investigação levada a cabo por três professores da UTAD, a tarefa pode tornar-se mais rápida e mais simples: basta tirar uma foto à videira e passá-la para um programa de computador, concebido no Departamento de Engenharias da UTAD, e, de imediato, se conseguirá uma estimativa do vigor vegetativo, evitando todo o outro trabalho. “Trata-se, pois, de uma metodologia rápida, fácil de executar e que não necessita de mão-de-obra especializada ou do recurso a equipamento dispendioso”, explica um comunicado de imprensa da academia transmontana.
Segundo os investigadores envolvidos neste projecto, Ana Alexandra Ribeiro Coutinho de Oliveira, Paula Cristina Ribeiro Coutinho de Oliveira e João Paulo Fonseca da Costa Moura, ligados aos Departamentos de Agronomia e Engenharias da UTAD, o vigor e o peso médio de uma vara representam os principais parâmetros para o equilíbrio vegetativo produtivo que a videira está a ter. “Se a videira estiver bem equilibrada, em termos vegetativos e produtivos, terá fortes potencialidades não só para dar boas uvas, mas também para garantir uma regularidade de produção e qualidade ao longo da sua vida útil”.
De acordo com o mesmo comunicado de imprensa, o invento resultou do projecto de investigação “‘Metodologia não destrutiva e dispositivo para calcular o vigor e a expressão vegetativa das arbóreo-arbustivas e suas aplicações’ e pode vir a ter grande repercussão, em especial, na viticultura nacional e internacional”.
O projecto foi realizado no âmbito de um conjunto de trabalhos que a equipa está a desenvolver com o objectivo de melhorar a qualidade e a produção vitícola, aplicando novas tecnologias nos processos e metodologias da vitivinicultura. E, ao que tudo indica, a mesma tecnologia pode também ser aplicada a outras plantas com condução presa, como é caso da árvore do kiwi. O pedido de registo internacional da patente já foi apresentado.
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